A USP utiliza blockchain em projeto para compartilhar e monetizar transações de genomas da Amazônia, na construção de banco de dados genético comunitário com sistema econômico interno voltado à monetização dos participantes que coletam, inserem, processam, armazenam e validam dados genômicos de espécies amazônicas tratando-se do Amazon Biobank, desenvolvido pelo Laboratório de Sustentabilidade, LASSU, da Universidade de São Paulo, USP. A engenheira e doutora pela USP esclarece que na edição deste ano do Futurecom, evento voltado à inovação, conectividade e transformação digital na América Latina realizado em São Paulo, SP, o Amazon Biobank faz parte do projeto Amazônia 4.0, solução tecnológica que busca tornar o extrativismo amazônico mais benéfico às comunidades locais, já que a ideia é transformar a biodiversidade da Floresta em fonte de riqueza, sendo que “existem pesquisas de bio economia para gerar produtos, contudo, poucas informações são compartilhadas para fazer sequenciamento de espécies amazônicas permitindo criação de remédios e produtos de beleza e, no Amazon Biobank, o sequenciamento será registrado no sistema e disponibilizado à pesquisadores na esperança que possa apoiar desenvolvimento sustentável via pesquisa relacionada à biodiversidade.” Acrescentou que os dados somente serão publicados no Amazon Biobank após autorização do Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético, SisGen, já que são considerados patrimônio brasileiro, estando a pesquisadora entre os 9 cientistas que assinaram artigo científico compartilhado no Pubmed, plataforma de busca da National Library of Medicine, NLM, a respeito do Amazon Biobank e, na publicação, justificam o uso blockchain argumentando que, embora o desenvolvimento de sequenciamento DNA de baixo custo represente “oportunidade à novos intervenientes para além da academia”, os repositórios atuais de dados genômicos “não facilitam divisão justa dos benefícios econômicos.” A criação do Amazon Biobank blockchain, segundo os autores, “emprega a tecnologia para construir registro transparente e verificável de transações envolvendo dados genômicos e usa contratos inteligentes para implementar sistema monetário interno à todos participantes que coletam, inserem, processam, armazenam e validam dados genômicos”, informando que o Amazon Biobank usa “soluções peer-to-peer, P2P, permitindo usuários com laptops comuns colaborem com armazenamento e distribuição de arquivos de DNA e, ao combinar tecnologias emergentes o Amazon Biobank proporciona divisão adequada de benefícios entre participantes que colaboram com dados, conhecimento e recursos computacionais.” No Futurecom, a pesquisadora lembrou que o Amazon Biobank é uma das frentes do projeto Amazônia 4.0 que usa blockchain no rastreamento da cadeia produtiva de Cacau-Capuaçu, além de IoT, com objetivo de melhorar distribuição dos ganhos e, nesse caso, acrescentou que o projeto Amazônia 4.0 desenvolveu unidades móveis de Laboratórios Criativos da Amazônia, LCAs, compostos por cientistas, indígenas e pessoas de comunidades amazônicas, voltados à criação de produtos de valor agregado e rastreabilidade a partir de matérias-primas da Amazônia. A edição do Futurecom, evento voltado à inovação, conectividade e transformação digital na América Latina realizado em São Paulo, SP, o Amazon Biobank faz parte do projeto Amazônia 4.0, solução que torna o extrativismo da Amazônia mais benéfico às comunidades locais já que a ideia é transformar a biodiversidade da Floresta em fonte de riqueza, sendo que “existem pesquisas de bio economia para gerar produtos, contudo, poucas informações são compartilhadas para fazer sequenciamento de espécies amazônicas, permitindo criação de remédios e produtos de beleza e, no Amazon Biobank, o sequenciamento será registrado no sistema e disponibilizado à pesquisadores na esperança que possa apoiar o desenvolvimento sustentável através de pesquisa relacionada à biodiversidade”, lembrando que, em outro caso de uso blockchain voltado ao meio ambiente, a startup Abundance Brasil em parceria com a Ailog Tecnologia desenvolveu proposta voltada à conversão de roteiros turísticos em créditos de carbono que, por sua vez, são convertidos em árvores vinculadas a tokens RWA.
A biodiversidade é proposta como alternativa sustentável ao desenvolvimento econômico no campo da genômica, o desenvolvimento de sequenciação DNA de baixo custo abre oportunidade à intervenientes, para além da academia se envolverem na sequenciação genômica, no entanto, é desafio compensar intervenientes não acadêmicos como as populações locais pela contribuição ao processo de inovação, impedindo melhor desenvolvimento da bio economia, embora repositórios registrem dados genômicos para apoiar investigação sobre biodiversidade, não facilitam partilha justa dos benefícios econômicos. O trabalho propõe criação do Biobanco Amazônia, banco de dados genético comunitário, empregando blockchain para construir registro transparente e verificável de transações envolvendo dados genômicos usando contratos inteligentes para implementar sistema monetário interno aos participantes que coletam, inserem, processam, armazenam e validam dados. Utilizam soluções peer-to-peer para permitir usuários com computadores comuns colaborarem com armazenamento e distribuição de arquivos DNA e, ao combinar tecnologias emergentes, o Amazon Biobank proporciona partilha de benefícios entre participantes que colaboram com dados, conhecimento e recursos computacionais fornecendo rastreabilidade e auditabilidade, permitindo associação entre dados DNA e pesquisas biotecnológicas, além disso, a solução é escalável e independente da confiança depositada em qualquer player do sistema, portanto, o Biobanco Amazônico pode se tornar importante para desbloquear o potencial da bio economia em ecossistemas ricos como a Floresta Amazônica.
Moral da Nota: o Congresso Nacional terá Frente Parlamentar de Blockchain e Inovação, FPBI, proposta que contou com a adesão de 191 deputados federais e 8 senadores que assinaram a ata da assembleia geral de fundação da FTBI, evento que aconteceu no anexo I da Câmara dos Deputados, em Brasília, DF, e, pelas primeiras articulações é possível perceber que a formação da FPBI atraiu parlamentares de esquerda e direita pela presença de nomes como Guilherme Boulos e Celso Russomano. O documento de criação da FPBI foi assinado pelo deputado federal Caio Vianna (PSD-RJ), idealizador da proposta e integrante da CPI das Criptomoedas, presidida pelo deputado federal Áureo Ribeiro (SD-RJ), que aderiu à criação da FPBI, na ocasião, Vianna apresentou-se como presidente da FPBI e apresentou Estatuto Frente Parlamentar Blockchain e Inovação, que segundo ele, poderá revisar propostas aprovadas por unanimidade, oportunidade que elencou o impacto crescente que a tecnologia proporciona em áreas da economia, saúde, logística, finanças, educação e agropecuária, frisando que a tecnologia disruptiva suporta criptomoedas possuindo capacidade da garantir transparência, rastreabilidade, segurança e imutabilidade dos registros, que, nas palavras do deputado, faz da blockchain aliada em setores no enfrentamento de vazamento de dados, fraudes, falta de confiança nas transações e questões relacionadas à integridade. A FPBI vai proporcionar espaço de discussão e colaboração entre parlamentares, especialistas e representantes da iniciativa privada, que servirá de base à elaboração de propostas legislativas e ações de fomento ao uso e impulsionamento da transformação digital de modo sustentável no país, o deputadoCaio Vianna foi autor de requerimento da audiência pública voltada ao uso da tecnologia na administração pública, ocasião que apesar do entusiasmo de participantes, especialistas declararam que a adoção blockchain na administração pública ainda acarreta riscos à LGPD. Para concluir, pesquisa da Bitget avisa que 46%, 44% e 41% dos entrevistados respectivamente na Coreia do Sul, Canadá e Turquia disseram que melhorar padrão de vida é o principal objetivo financeiro a alcançar ao investir em ativos digitais, entretanto, 36% dos inquiridos na Malásia e Taiwan afirmam que melhorar a qualidade de vida das famílias era mais importante que outras aspirações, enquanto 27% das mulheres investidoras em cripto nos EUA e Turquia disseram que investiram em ativos digitais para financiar educação dos filhos, em comparação com 5% na Coreia do Sul e Japão e, em termos de montante investido, os utilizadores na China demonstraram alto nível de compromisso com 18% alocando entre US$ 50 mil e US$ 100 mil e outros 19% investindo entre US$ 100 mil e US$ 500 mil em criptoativos, embora proibido o comércio cripto, cidadãos chineses podem adquirir criptomoedas e contornar a proibição via VPN sendo que a proibição não se aplica a cidadãos chineses residentes no estrangeiro. O interesse pelas criptomoedas estagnou em algumas áreas do mundo devido a queda nos preços e aperto das regulamentações, sendo que a posse de criptomoedas entre adultos canadenses caiu 3 % entre 2021 e 2022 com “investidores não parecendo mudar do Bitcoin à outros ativos criptográficos, pois houve declínio na propriedade de altcoins”, segundo o Banco do Canadá.