Governo do Paraná cria 'MetaMask' para os cidadãos acessarem serviços públicos via blockchain e, inserido na Celepar, emerge, PoC, Prova de Conceito, a partir de acordo de cooperação técnica com o CpQD, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, para criação e desenvolvimento de sistema de identidade digital blockchain. A PoC com vigência de 6 meses, utiliza a plataforma CpQD iD e customiza aplicativo de carteira digital, que funcionará como serviço à criação, assinatura digital, customização de identidade digital descentralizada de pessoas e empresas e verificação, funcionando de modo semelhante a MetaMask para serviços públicos do Estado. O aplicativo permite o usuário armazenar no smartphone, modo cifrado, credenciais registradas por emissores de documentos do setor público e/ou privado integrados à rede blockchain. O objetivo, segundo o coordenador de projetos estratégicos na Celepar, é criar camada de confiança na internet para identificação, privacidade e segurança, em blockchain, em conformidade com a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, com isso, impulsionar serviços de governo digital no Paraná e políticas de abertura de dados centrados no cidadão.
Em dezembro de 2022 a Celepar anunciou lançamento de blockchain própria necessitando atuação e envolvimento de diversas equipes da empresa, com treinamentos e capacitação, além disso, integrantes participaram de eventos sobre o assunto. Serviços que podem ser desenvolvidos a partir da tecnologia são armazenamento e autenticação de documentos digitais, redução de fraudes e apoio aos órgãos de controle, como Controladoria-Geral do Estado, auxílio à prefeituras municipais para compreender como a população utiliza os serviços públicos visando melhorar e automatizar o atendimento. A Celepar integra grupo de trabalho da ABEP, Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação, com o propósito de instalar redes blockchain para armazenar e unir informações ao País. Os próximos passos são implantação da ParanaChain, rede própria, com o objetivo de proporcionar soluções com agilidade e segurança e integração da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais, Prodemge.
Moral da Nota: CarbonVerifier e Jornadas são projetos brasileiros que venceram o hackathon organizado pela Polygon e MetaMask ficando entre as 5 propostas escolhidas. O Hacking For Trust, hackathon voltado a soluções de impacto social criadas com uso de Web3, com equipes de Brasil, Quênia e Nigéria organizado pela Impact Plus, braço social da Polygon, pela Universidade de Georgetown e pela 1inch, simultaneamente no Brasil, Quênia e Nigéria, sendo que a ONG Educar+ do Complexo do Chapadão, Rio de Janeiro, sediou a versão do hackathon no Brasil. O objetivo foi encontrar soluções de impacto alinhadas aos 17 Objetivos da ONU de Desenvolvimento Sustentável, ODS, sendo que as equipes concorreram a US$ 20 mil em prêmios, concedidos por Polygon e 1inch, além disso, cada time contou com participação de membros da Universidade de Georgetown para auxiliar nos projetos. A Polygon nomeou 3 e à MetaMask 2 sendo que a CarbonVerifier, projeto da equipe brasileira, ficou em 1º entre escolhidos pela Polygon e o Jornadas com a 2ª colocação entre as soluções escolhidas pela MetaMask. O CarbonVerifier combinou blockchain e IoT para criar modo eficiente de lidar com mudanças climáticas, sendo que o projeto está ligado aos ODS 11, 13 e 15 da ONU, “Cidades e Comunidades Sustentáveis”, “Combate às Alterações Climáticas” e “Vida sobre a Terra. A solução cria modo transparente e seguro às empresas compensarem emissões de carbono, eliminando necessidade de confiança na verificação de terceiros, sendo que as medidas de ação climática são medidas por dispositivos IoT, capazes de aferir, de modo preciso, emissões de carbono e um contrato inteligente analisa dados enviados pelos sensores e determina se a empresa é elegível para emitir tokens de crédito de carbono sobre uma blockchain. Já o Jornadas foi o projeto selecionado pela MetaMask, cuja finalidade é oferecer apoio a grupos minoritários usando mecanismo de denúncia e solicitação de apoio psicológico, jurídico e assistencial em situações de violência, oferecendo assistência à realização de denúncias trabalhando para que as vítimas não retornem à situações de vulnerabilidade através de cursos gratuitos de capacitação. Para concluir, a China lança centro nacional 'blockchain' para treinar 500 mil profissionais em parceria com universidades e empresas para desenvolver a tecnologia no país. Inaugurado em Pequim, o Centro Nacional de Tecnologia Blockchain, criará rede nacional que liga 'blockchains' existentes, promovendo investigação e industrialização da tecnologia, com a tarefa de construir clusters de poder de computação em larga escala e impulsionar a economia digital. Apesar da China proibir transações relacionadas a criptomoedas, fechar centros de mineração e restringir o mercado ainda em vigor, o país vê blockchain como ferramenta importante às indústrias e, em dezembro de 2021, o Conselho de Estado listou 'blockchain' como uma das sete áreas de desenvolvimento à economia digital, enquanto avança com projeto yuan digital cujo desenvolvimento começou em 2014, sob controle do governo, através do Banco Popular da China.