domingo, 23 de abril de 2023

Tokenização e blockchain

Projeto fundado por argentinos e brasileiros, Sthorm,  focado em sustentabilidade, apresenta no conselho de administração, Bob Richards, fundador de empresas que colaboram com a NASA e, Scott Bagby, do  mercado de produtos tecnológicos inovadores. Como objetivo,  usa, entre outros, a tokenização blockchain e metodologias para desenvolver soluções descentralizadas de saúde e sustentabilidade, sendo que o empreendimento é iniciativa para transformar avançadas tecnologias de informação em ferramentas para regeneração ambiental. Argentina e Brasil se unem com a missão de fazer pela ciência aplicada o que o movimento de código aberto fez pela tecnologia da informação, combatendo problemas globais como doenças infecciosas e mudanças climáticas. Fundada em São Paulo há mais de uma década, a Sthorm possui desenvolvedores, empreendedores e inovadores na América Latina com visão e alcance global. O grupo ganhou  reconhecimento na pandemia ao utilizar blockchain e mecanismos alternativos de financiamento e governança para arrecadar US$ 20 milhões ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP durante a crise. Construída sobre protocolos de código aberto com integrantes do ecossistema trazendo o conceito à ciência para que seja acessível a mais pessoas, pesquisadores e cientistas que possam colaborar com suas experiências na construção de ciência colaborativa. A empresa enfatiza que a missão é  combater via ciência aplicada problemas globais como doenças e mudanças climáticas.

Nesta ideia, emerge na Espanha projeto tokenizado de energia renovável lançando com Lantania e Crowmie com apoio de investidores de 8 países em total de 44.  O grupo de infraestruturas, água e energia Lantania e a start-up valenciana Crowmie, uniram-se para financiar construção e manutenção de central fotovoltaica de autoconsumo na fábrica Typsa, em Saragoça, com recurso a tokens. Explica que Crowmie obteve financiamento em 2 semanas através do token CROW-TYP atraindo 44 investidores de 8 países com ticket mínimo de 100 euros e rentabilidade de 7,5%/ano para 5 anos de operação. A Lantania ficará com a construção e manutenção da usina com capacidade instalada de 117,8 kWp evitando a emissão de 1.365 toneladas de CO2, daí,   posicionar-se no mercado de renováveis ​​reforçando compromisso com sustentabilidade. A Crowmie, fundada em 2022,  é empresa encarregada de tokenizar projetos de energia renovável cuja missão é democratizar o acesso a investimentos ecológicos melhorando processos de recrutamento e remuneração.

Moral da Nota: o Mercado de crédito de carbono recebeu impulso graças à  blockchain, segundo o executivo da Web 3.0  da Allinfra Climate, na crença  que a digitalização dos processos do mercado de carbono e contabilidade distribuída traz eficiência e previsibilidade antes não vista.  Sistemas automatizados e de blockchain são usados ​​para melhorar eficiência e precisão do mercado de carbono, componente crítico na luta contra mudanças climáticas. Bill Kentrup, diretor de Originação e cofundador do software empresarial Allinfra Climate,  plataforma projetada para ajudar instituições atingirem metas de sustentabilidade,  avisa que rastreabilidade on-chain, reporting, verificação, emissão, alocação, retirada de créditos de carbono e permissões de carbono trazem eficiência e previsibilidade inexistentes no passado. Explica que ao colocar em “trilhos digitais"  sistemas para detecção de contagem dupla, contabilidade corporativa de carbono, classificações e relatórios para reguladores do governo poderem se tornar digitais,  “muito menos eficiente à contabilidade digital processar dados de relatórios tradicionais, vendas não digitais, contratos de compra e registros, com informações limitadas sobre quem é o proprietário final de um ativo aposentado.” Menciona que desafios e ineficiências do mercado de carbono levaram a frustração compreensível e retrocesso e, segundo ele,  rejeição que contribuiu para que o Protocolo de Quioto não fosse estendido além de 2012. O Protocolo de Kyoto é tratado internacional que reduz emissões de gases efeito estufa e combate mudanças climáticas, através de  sistema de comércio de emissões permitindo países que excederem metas de redução das emissões, vender o excedente à países que não atingiram suas metas. O atual processo manual de coleta e verificação de dados no mercado de carbono é insuficiente e como a blockchain ajuda lidar com tais limitações, disse  que  "a maioria das abordagens tradicionais usadas para monitorar, relatar e verificar as emissões, "MRV",  sendo que reduções usam processos intermitentes para determinar o impacto ambiental dos projetos, com coleta de dados trabalhosa e demorada dificultando redução de emissões que buscam financiamento ambiental." A automação da coleta e verificação de dados no mercado de carbono enfrenta desafios, como  a disponibilidade de tecnologia apropriada ao mercado, uma vez que ainda não possui tecnologia adequada para automatizá-los ou digitalizá-los totalmente, ao passo que o entusiasmo de provedores de “tecnologia climática” sem experiência em financiamento falha inadvertidamente e, em alguns casos, prejudica o mercado obscurecendo a visão mais ampla sobre a "tecnologia climática" e, por fim, resistência à adoção pelos agentes tradicionais do mercado é desafio ao setor. Quanto ao papel que blockchain desempenhará no futuro previsível do mercado de carbono, afirmou que  "embora potencialmente não seja a única solução disponível, plataforma em blockchain oferece as partes interessadas no mercado de produtos financeiros confiança nos produtos subjacentes, prazos e custos mais curtos e previsíveis,  eficiência na alocação de valor aos participantes, além de, opcionalidade e informação contribuindo em última instância à aceleração da ação climática positiva”.