sábado, 22 de abril de 2023

Agricultura blockchain

A produção de abacate no México será implementada pela tecnologia blockchain iniciando na cidade de Oaxaca e posteriormente se expandindo para o resto do país.  A GreenCrypto Corporation emergindo o Projeto GreenGold e AvocadoCoin anunciaram acordo com a Avodeli, associação de produtores de abacate, plantando em grande escala na cidade de Oaxaca.Notícia relatada no Yahoo Finance informa que o projeto começará com um  hectare, localizado perto do Aeroporto Internacional de Oaxaca, com planejamento de expansão para outros 40 hectares no primeiro ano e conforme o crescimento expandir no pais. A iniciativa coloca em operação as mais recentes tecnologias na agricultura como Agro 5.0, IoT, Blockchain e Quantum Dots, para otimizar a produção, melhorar eficiência e reduzir custos, aproveitando a utilização inovadora dos recursos hídricos, como irrigação por gotejamento do subsolo e reaproveitamento de resíduos através da drenagem induzida. O CEO da GreenCrypto Corporation e GreenGold Project, avalia que  "é marco importante para o projeto AvocadoCoin e GreenGold e, finalmente concretizado", explicando que "não apenas traz produtos sustentáveis ​​como abacates e cosméticos à base de abacate, óleos, chás para o mercado, desempenhando papel na erradicação da fome e aumento da produção de alimentos ". 

Buscando melhorias na rastreabilidade digital do azeite extra virgem via  tecnologias como  'blockchain',  reunião de trabalho conjunto com a  UPA, União de Pequenos Agricultores, em Madrid, empresa de azeite Migasa,  de tecnologia Walize,  Universidade de Jaén e cadeia de supermercados, segundo o portal Interempresas, entre os acordos alcançados está a criação de ferramenta blockchain oferecendo aos consumidores confiança em produto produzido em olivais tradicionais e quintas com assessoria de sustentabilidade econômica e ambiental. A ideia é proporcionar inovação tecnológica implementando processo inovador e comercial, apostando em posicionamento diferenciado do produto socialmente voltado à setor com risco de exclusão como o olival tradicional.  A interempresas avisa que de janeiro de 2023 a fevereiro de 2025, o grupo empreenderá programa de execução baseado em 20 atividades que respondem diferentes objetivos, deste modo, aprofundará conhecimento sobre tendências a percepção do consumidor do azeite extra virgem com base em sistemas e características de produção e descoberta de elementos que neles inspiram confiança. Importa referir que o azeite extra virgem, EVOO, é produto estrela da agricultura espanhola, líder mundial na produção de EVOO, com mais de 2,6 milhões de hectares e produção média nos últimos 10 anos de 1,3 milhão de toneladas, representando 45% da produção mundial com o olival tradicional contribuindo em 70% da produção total nacional.

Moral da Nota: a agricultura no mundo utiliza 70% da água doce consumida pelo homem, percentual maior nos países em desenvolvimento, com cifras entre 80% e 90%,  números assustadores, se considerarmos problemas derivados da crise climática e emergência hídrica que a Argentina, por exemplo, e boa parte da região vivencia. O campo deve ser olhado como setor eficiente e a Kilimo, startup argentina, usa tecnologia para melhorar a gestão da água com ferramenta de gerenciamento de irrigação que, através de software, auxilia produtores decidir quando e quanto irrigar, cujo impacto levou a  premiação no Enterprise Global Freshwater Challenge, concedido pelo Fórum Econômico Mundial a dez empreendedores selecionados entre mais de 400 empresas que utilizam soluções baseadas em dados para economizar água. O CEO da Kilimo e cofundador avalia que, em 2022, clientes economizaram 50 bilhões de litros de água equivalente a 6 meses de consumo humano na Capital argentina. A Kilimo recebe apoio financeiro de US$ 190 mil para desenvolver sistema que ajuda agricultores da América Latina economizar água, sendo que a startup foi uma das 2 selecionadas para apresentar na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2023, em Davos. Monitora mais de 44 lavouras no mundo permitindo ao produtor controlar a plantação de qualquer lugar e a qualquer hora, através de plataforma que combina informações meteorológicas,  satélite e  campo para calcular a quantidade de água que uma cultura consome por dia e manter o balanço hídrico do solo. O agricultor recebe aviso de irrigação via web ou do aplicativo onde estão indicados os milímetros ou horas de irrigação e em quantos dias deve fazê-lo, segundo a startup, o agricultor médio vive em cidades, tem 60 anos ou mora em centros urbanos com 5 mil habitantes, portanto, o fornecimento da  tecnologia é para quem vive universo paralelo,  obrigando criatividade e empatia para fazer o produto. O modelo de negócio original é baseado na venda de assinatura do serviço que, dependendo da safra, pode ser semestral ou anual, em 2022,  lançaram em alguns países o projeto de Adaptação Climática que rendeu o prêmio em Davos ao promover compensação hídrica e, via sensores, big data e machine learning a Kilimo permite produtores rurais economizarem água.