A chinesa Fudan University patenteou sistema que vende eletricidade através da blockchain, integrado à plataforma Hyperledger da IBM e em conjunto com a rede Ethereum. A patente mostra proposta de exchange descentralizada que utiliza contratos inteligentes para negociar compra e venda de energia, com nodes da rede fazendo a requisição de energia e um contrato inteligente faz o match de quem requisita ou quer vendê-la, sendo que a proposta conta com sistema que calcula energia gerada e o preço de mercado.
O mercado chinês, diferente do mercado brasileiro, desobriga o governo de comprar o excesso de energia produzida, sendo um dos maiores produtores de energia renovável do mundo com 53 gigawatts instalados apenas em 2017. No entanto, a empresa australiana Power Ledger trabalha com a japonesa Kansai Electric Power Co. KEPCO, para criar sistema de compra e venda distribuído à residências. A Siemens financia a L03, startup que utiliza blockchain na distribuição de energia elétrica em centros urbanos, sendo responsável pela gestão de grande parte da energia elétrica produzia pela Europa.
Moral da Nota: a blockchain nada mais é que um livro razão público, ou, livro contábil que faz o registro de uma transação de moeda virtual de modo que o registro seja confiável e imutável. Armazena informações, ou, conjunto de transações, em blocos, carimbando cada bloco com um registro de tempo e data e a cada período de tempo, 10 minutos na blockchain, é formado novo bloco de transações que se liga ao bloco anterior. Os blocos são dependem um dos outros e formam cadeia de registro de informações que necessitam confiança como no caso de transação de moeda. Ao invés das informações ficarem armazenadas em computador central, na blockchain é armazenada em milhares de computadores espalhados pelo mundo e, cada computador da rede detém cópia integral do banco de dados tornando as informações seguras e confiáveis. Cada computador da rede detêm uma cópia do banco de dados, ou seja, a tecnologia é rede peer to peer que audita informações de modo buscar e eliminar possibilidade de fraude. A decisão na blockchain é estabelecida via consenso por maioria simples para que seja inserida no banco de dados e, o consenso da rede de computadores deve reconhecê-la como legítima. O nome blockchain remete à cadeia de blocos interligados e dependentes um do outro com informações armazenadas. Em Dubai não será mais possível registrar terras a não ser utilizando Blockchain, a Civic é plataforma online que permite registro de documentos e identidade. A plataforma Ethereum permite criação de contratos inteligentes entre duas pessoas sem necessidade de intermediário e a OriginalMy, empresa brasileira, faz autenticação e registro de documentos como um cartório online em blockchain. Por fim, blockchain é tecnologia DLT, Distributed LedgerTecnology ou Tecnologia de Banco de Dados Distribuídos enquanto blockchain é apenas um tipo de DLT e, nem toda DLT é blockchain, podendo ser rede de computadores compartilhando o mesmo banco de dados. Dentre virtudes da blockchain estão a distribuição e descentralização da rede, a segurança da imutabilidade dos dados e a transparência.