Na Web 1, conhecida simplesmente como web, foram desenvolvidos os primeiros sites, portais e serviços online, cujos usuários só podiam ler as informações sem a possibilidade de interação. Quem acessava a web limitava-se a consumir o conteúdo disponibilizado em rede de comunicação unidirecional e, por isso, a Web 1 foi chamada de “Web Estática”. A Web 2 emerge com a proliferação das redes sociais e aplicativos como blogs, fóruns e podcasts possibilitando formas de comunicação participativa. Os usuários se comunicam e compartilham conteúdo e, nesta etapa, passou a ser o proprietário da criação e gestão do conteúdo online construindo processos e interações, daí, a denominação da Web 2 de “Web Colaborativa”.
A ideia de Web 3 surge por volta de 2006, embora o termo não tenha sido cunhado até 2014 por Gavin Wood com os envolvidos em plataformas de contratos inteligentes blockchain como Ethereum, EOS e TRON os que, sem dúvida, lideram a construção da Web 3. Importante notar que uma das bibliotecas de programação mais populares usadas para escrever o código Ethereum é chamada web3.js, além de fundação Web 3 Foundation, dirigida por criadores da rede Polkadot. A novidade na Web 3.0 em relação a Web 2.0 é o conceito de propriedade destacando que com as novas tecnologias podermos ler, escrever e possuir algo “digital”, portanto, podemos vendê-lo quando quisermos. O objetivo principal da Web 3 é buscar resolver o grande problema da Web 2 ou a coleta de dados pessoais por redes privadas viabilizando a vigilância, verdadeiro mercado de comportamento futuro. O foco principal de inovação da Web 3 é serrede descentralizada de redes, não controlada por nenhuma entidade e composta por plataformas que utilizam mecanismos deconsenso em que todos podem confiar. Aplicativos descentralizados, DApps, seriam construídos em redes abertas e nenhuma entidade coletaria dados sem consentimento do usuário, nem tampouco limitar ou censurar acesso, sendo que o site da Web 3 Foundation, visa criar "Internet descentralizada e justa em que os usuários controlem seus dados, identidade e destino”. O segundo foco de inovação da Web 3 é a permissão pelas redes descentralizadas da transferência de valor ou "dinheiro" da Internet diretamente entre contas de usuários sem intermediários, tais características, descentralização e dinheiro da internet, ainda na infância, são chaves para entender a Web 3. Já a Web 4, conhecida como "Mobile Web", possui infraestrutura necessária para se adaptar ao ambiente móvel conectando dispositivos móveis do mundo real e virtual em tempo real, permitindo mobilidade e interação de voz entre usuário e robô. O foco da Web 4 está em permitir que o usuário use e distribua informações independente da localização por meio de dispositivos móveis, além de alterar a relação entre humanos e robôs que terão interação simbiótica e, neste quarto estágio da Web, humanos terão acesso constante aos robôs e a vida cotidiana dependerá cada vez mais das máquinas.
Moral da nota: Tim Berners-Lee, inventor da web, em 2009 falava sobre a Web 5 como "Web aberta, conectada e inteligente", que chamou de Web Emocional. Conhecida como Web Simbiótica será rede interconectada que se comunica à medida que nos comunicamos, sendo que a interação se tornará hábito diário com base na neuro-tecnologia. A Web 5 propõe ser teia emocional, exemplo disso é a WeFeelFine, organização que mapeia emoções através de fones de ouvido e, nessa linha, Web 5 de Tim Berners-Lee os usuários interagem com conteúdos que interagem com emoções ou alterações de reconhecimento facial. No entanto, o conceito de web 5 emitido por Jack Dorsey nada tem a ver com a Web Emocional ou Simbiótica imaginada por Tim Berners-Lee em 2009. A TBD, subsidiária da Block, antes conhecida como Square, fundada em julho de 2021, busca criar "plataforma aberta para desenvolvedores" focada em finanças descentralizadas, DeFi, e Bitcoin, BTC, agora, a TBD tem como primeiro objetivo construir a "Web 5, plataforma web extra descentralizada" onde usuários tem total controle de seus dados. Segundo a TBD, o principal problema da Internet é a falta de camada de "identidade" e "na Web de hoje, identidade e dados pessoais tornam-se propriedade de terceiros", assim, a Web5 se concentra na descentralização de identidade, armazenamento de dados e seus aplicativos.