O maior caso de uso DLT, segundo a industria blockchain de Cingapura, é o gerenciamento da cadeia de suprimentos sugerindo que “as blockchains prosperam quando usados para vários aplicativos integrados”. O setor blockchain do país identificou rastreamento e rastreabilidade de ativos como principal caso de uso à tecnologia de razão distribuída, ressalvando necessidade de melhor gerenciar a cadeia de suprimentos no mundo pós-pandêmico. Apresentadas pela PWC no "2020 Singapore Blockchain Ecosystem Report" em colaboração com OpenNodes, IBM, Ernst & Young e outros, o relatório baseia em pesquisa com participantes da indústria “oferecendo visão qualitativa dos principais desenvolvimentos e tendências no ecossistema blockchain de Cingapura”. Questionados sobre aplicações da tecnologia blockchain, 52% identificaram rastreamento e rastreabilidade de ativos, mais que qualquer outro caso de uso, e outros 52% o financiamento do comércio como caso de uso importante, com 30% dos entrevistados selecionando 4 ou mais aplicativos, indicação, que casos de uso blockchain são inter-relacionados. Os resultados da pesquisa indicam que o potencial blockchain "está em como ela pode transformar fluxos de trabalho tradicionais em diferentes setores e funções organizacionais" com rastreamento da cadeia de suprimentos rotineiramente citado como um dos principais casos de uso da tecnologia na era de redes de logística complexas e fragmentadas.
Nesta ideia, escala a blockchain empresarial definida por redes blockchain privadas usadas por negócios como gerenciamento da cadeia de suprimentos. A Ernst & Young, Big Four, tem papel ativo na adoção empresarial, uma das primeiras explorar o espaço das criptomoedas em 2016 liderando na adoção blockchain de empresas públicas, contribuindo ao desenvolvimento do Protocolo de Linha de Base que usa rede pública Ethereum como máquina de estado resistente a adulteração para registrar dados de negócios, abrindo o código do Nightfall para conduzir transações privadas na blockchain Ethereum. A blockchain de código aberto da Big Blue alimentada por Hyperledger Fabric, contribuiu ao crescimento da plataforma IBM Blockchain, com a rede IBM Food Trust alavancada por grandes produtores de alimentos como Nestlé, Dole e a gigante do azeite CHO. Outro projeto desenvolvido pela IBM Blockchain é a plataforma TradeLens da Maersk que digitaliza cadeias de suprimentos, além da plataforma Digital Health Pass via IBM Blockchain que fornece credenciais de saúde verificáveis, importante na pandemia COVID-19. A parceria IBM Blockchain com a Red Hat, empresa de software americana, é notável em termos de desenvolvimento de código aberto e estratégia de nuvem que depende da blockchain.
Moral da Nota: a OpenText avalia que cadeias de abastecimento "não são mais cadeias lineares e sequenciais da matéria-prima ao produto final", mas "ecossistema multi camada de fornecedores, parceiros e clientes". Relatório de logística blockchain de 2018 da transportadora Maersk, afirma que “uma simples remessa de produtos refrigerados da África Oriental à Europa pode passar por quase 30 pessoas e organizações com mais de 200 interações e comunicações diferentes entre as partes.” Metade dos entrevistados da pesquisa PwC crê na adoção blockchain crescendo nos próximos três a cinco anos, sendo que empresas sediadas em Cingapura têm maior probabilidade de otimismo sobre perspectivas do setor neste período, porque a adoção blockchain por lá reflete atitude positiva em relação às tecnologias emergentes e seu compromisso de longa data com a inovação. O governo de Cingapura busca trazer clareza regulatória às indústrias de blockchain e de criptomoeda, atraindo empresas à cidade-estado insular.