Usinas offshore de hidrogênio utilizam água em abundância se conectando a turbinas eólicas offshore, sendo que uma planta de produção de hidrogênio offshore está programada para começar a operar em 2022 na costa da França. O projeto é desenvolvido pela empresa de hidrogênio verde Lhyfe e pela escola de engenharia francesa Centrale Nantes, sendo a planta alimentada por eletricidade de turbina eólica flutuante chamada Floatgen, instalada no local de teste de demonstração SEM-REV offshore da Centrale Nantes na costa de Le Croisic na França e, operacional, será a primeira unidade de produção de hidrogênio verde offshore do mundo. Lhyfe e os Chantiers de l'Atlantique têm trabalhado em estreita colaboração desde 2020 no projeto da plataforma de produção de hidrogênio offshore a ser construída em Saint Nazaire, variando de dez MW a várias centenas de MW, conceitos que devem ser implantados já em 2024. A idéia da Centrale Nantes de criar um local de teste offshore em 2007 tornou-se realidade quando foi conectado à rede elétrica em 2012, desde então, a SEM-REV hospedou 2 protótipos, a FLOATGEN de 2018 e WAVEGEM de 2019, assim, cumpre papel de atender necessidades de P&D, pesquisa e desenvolvimento, de tecnologias de energia renovável marinha. O local de demonstração SEM-REV tem "condições ambientais adversas", segundo o comunicado de imprensa da Centrale Nantes, é ideal para validar a tecnologia de produção de hidrogênio offshore, conforme explica a CEO e fundador da Lhyfe, "estamos convencidos que a produção offshore de hidrogênio renovável é solução adequada à implantação massiva de hidrogênio no horizonte" com "grandes avanços no desenvolvimento como os primeiros no mundo implantar solução à produção de hidrogênio renovável offshore". O local SEM-REV está definido para hospedar em 2022 nova turbina eólica flutuante de 5 MW desenvolvida pela EOLINK, com grandes atualizações na rede elétrica do local de teste em andamento e acomodando projetos de desenvolvimento de MRE.
A Lhyfe e a Centrale Nantes tornam realidade o hidrogênio renovável offshore, demonstrando a confiabilidade de um eletrolisador offshore representando inovação mundial em momento que iniciativas à produção de H2 offshore surgem na Europa. A energia eólica offshore é relevante pois apresenta disponibilidade, ou, factor de capacidade superior a 50%, tem potencial de desenvolvimento de 130 GW instalados até 2040 e potencial técnico 18 vezes superior à procura de eletricidade na Europa. A primeira unidade de produção de h2 offshore, montada por Lhyfe em colaboração com Chantiers de l'Atlantique, operacional na unidade SEM-REV a partir de 2022 atende aos critérios de MRE, Energia Renovável Marinha, além de condições ambientais adversas validando a tecnologia de produção antes de passar à implantação industrial em grande escala em 2024. O projeto promove desenvolvimento do setor industrial de produção de hidrogênio, apoiado pela região do Loire, cluster de inovação do Mar Pôle Mer Bretagne Atlantique e Comitê Estratégico da Indústria Marítima. O eletrolisador será instalado na plataforma flutuante do GEPS Techno e conectado às várias fontes de Energia Renovável Marinha, MRE, disponíveis no local de teste offshore, incluindo a turbina eólica flutuante Floatgen, sendo que o processo de produção emite apenas 02, sem CO2. A Centrale Nantes também disponibiliza meios de investigação e apoia as várias fases regulamentares, experimentais e logísticas garantindo bom resultado, com Bouin como primeiro local na Europa conectado a turbinas eólicas onshore produzindo hidrogênio offshore a partir da água do mar conectada a aerogeradores e validado a partir de julho de 2021.
Moral da Nota: turbinas eólicas offshore e tecnologias de hidrogênio têm potencial de ajudar os países alcançarem metas de mudança climática, em particular, carros verdes a H2, ao lado dos veículos elétricos, EVs, reduziriam a dependência de motores de combustão interna consumidores de gás. Empresas como a GE desenvolvem tecnologias de turbinas offshore permitindo que parques eólicos possam ir mais longe no mar através do hidrogênio e energia eólica como combinação perfeita. O debate sobre a validade dos veículos a hidrogênio até agora dominada pela eletrificação e, com Elon Musk, CEO da Tesla, rotulando carros a hidrogênio como "forma burra de armazenamento de energia para carros" e, apesar da sua afirmação, outras montadoras incluindo BMW apóiam tecnologias de hidrogênio e, com a Toyota estabelecendo recorde mundial ao dirigir seu carro a hidrogênio Mirai mil km em um único abastecimento.