domingo, 7 de novembro de 2021

Metaverso, passado e futuro

O Facebook foca o termo “metaverso” como entornos do mundo virtual acessado pela internet por representações ou avatares e empresas de videogame que delineiam visões de longo prazo ao que alguns consideram o próximo grande sucesso online, em suma, trata-se da última palavra da moda à capturar imaginação da indústria tecnológica. O CEO do Face o descreve como “ambiente virtual” que podemos entrar em vez de apenas olhar em uma tela, essencialmente, um mundo de comunidades virtuais interconectadas e infinitas onde as pessoas se encontram, trabalham e divertem através de fones de ouvido de realidade virtual, óculos de realidade aumentada, aplicativos de smartphone ou dispositivos que possam daí advir. Deve Incorporar aspectos da vida online como compras e mídia social conforme a  analista de tecnologias emergentes, Victoria Petrock, vislumbrando  que “é a próxima evolução da conectividade onde se reúnem todas essas coisas em um universo em duplicidade perfeita, vivendo a vida virtual da mesma forma que se vive a vida física”, no entanto, o analista que monitora tecnologias imersivas à Gartner diz “é difícil definir um rótulo para algo que ainda não foi criado”. O Facebook avisa que levaria de 10 a 15 anos para desenvolver produtos Metaverso, termo cunhado por Neal Stephenson para “Snow Crash”, seu romance de ficção científica em 1992.

Muitos confundem Metaverso com versão aprimorada de realidade virtual, RV, já que o conceito em termos gerais é recente e, daí, Metaverso consistir em um mundo virtual acessado pelo visualizador de realidade virtual, acesso feito possivelmente, por avatares em três dimensões conectando ambientes digitais diversos. A RV hoje é conhecida comumente em videogames, no entanto, o conceito Metaverso se aplicaria a qualquer tipo de atividade, do trabalho a videogames incluindo shows ou visitas ao cinema. O termo "Metaverso", cunhado no romance cyberpunk de 1992 "Snow Crash", no livro, Hiro Protagonista, hacker e por curto período entregador de pizza, utiliza o Metaverso como fuga de vida, onde vive com um colega de quarto em contêiner num mundo sombrio na qual o governo foi substituído por corporações corruptas. Na história, o Metaverso é plataforma de criação virtual inserindo problemas como vício em tecnologia, discriminação, assédio e violência, ocasionalmente espalhando ao mundo real. No conceito atual, seria criar espaço semelhante a internet cujos usuários através de avatares digitais entram e interagem em tempo real, quer dizer, em teoria, poderia por exemplo sentar-se ao redor de uma mesa de conferência virtual com colegas de todo o mundo, em vez de olhar seus rostos 2D com zoom e, em seguida, caminhar a um café virtual para interagir com sua mãe que mora do outro lado do país.

Moral da Nota: a transformação do Facebook em "empresa Metaversa" está em linha com o CEO da Microsoft informando que trabalha na construção do "Metaverso de negócios" e a Epic Games que anunciou rodada de financiamento de US$ 1 bilhão para apoiar ambições no Metaverso, elevando avaliação do fabricante da Fortnite à quase US$ 30 bilhões, além de Matthew Ball que auxiliou lançamento de fundo em bolsa para investimento no espaço metaverso incluindo empresas como a Nvidia, fabricante de chips gráficos, e a Roblox, plataforma de jogos.