segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Filipinas e-voting

A Comelec, Comissão Eleitoral das Filipinas, julgou simulados sobre votação  blockchain tentando corrigir o baixo comparecimento eleitoral, com filipinos e "trabalhadores no exterior", OFW, tendo opção de votar em casa, caso o país mude à votação remota decorrente ao fato de apenas 1,6 milhão de OFWs registrados de um total de 10 milhões possíveis. Por conta da guerra entre a Voatz dos EUA, a Smartmatic do Reino Unido e a espanhola Indra Sistemas que competem para ser a responsável pela blockchain nas eleições filipinas. O e-voting é capítulo de casos de uso do governo na blockchain ao lado da tentativa de limpar o rio Pasig. A Cypher Odin utiliza blockchain instalando dispositivos IoT ao longo do rio monitorando a qualidade da água e níveis das marés, além de utilizar dados relevantes para rastrear e monitorar o progresso em tempo real. Lançará a criptografia BOTcoin para recompensar comunidades e empresas ao longo do rio que ajudam limpar o Ilog Pasig, cujo programa piloto resultará em soluções para esforços adicionais em relação na gestão de resíduos, reflorestamento, água limpa e transporte marítimo.

A blockchain como livro-razão distribuído onde as transações são registradas e mantidas e, que cada transação, é um bloco de informações protegidas no bloco por código hash, ou, impressão digital do bloco, com o código hash podendo ser registrado no razão após relacionar o bloco ao bloco anterior através do código hash do bloco anterior criando cadeia de transações ou blocos, daí, o termo blockchain. Outra característica blockchain é a distribuição e acessibilidade às partes interessadas sem autoridade central no controle do razão, com vinculação ao código Hash impossibilitando alterar informações nos blocos. A utlização da blockchain nas eleições filipinas envolve cadeia de atividades de votação, contagem de votos, tabulação e agregação de resultados de votação até a publicação dos resultados eleitorais, daí, na votação os eleitores votam com base nas cédulas lançadas e contadas e, com os resultados do local de votação publicados, os resultados nas seções eleitorais são tabulados e agregados. As leis eleitorais filipinas atuais exigem que os resultados dos votos gerados no local de votação sejam escalonados de tabulação e agregação à nível municipal, com jurisdição sobre locais de votação específicos, tabulados e agregados separadamente dos resultados da votação nas províncias, distritos legislativos e posições nacionais, publicados, e os vencedores anunciados.

Moral da Nota: o resultado da votação é registrado em formulário denominado declaração eleitoral que pode ser gravada na blockchain, sendo que os resultados em cada nível de prospecção podem ser registrados em livros-razão separados blockchain e abertos ao exame dos interessados. Na fase de votação, a cédula lançada pelo eleitor é convertida em registro de voto sem identidade do eleitor gerando um código hash, com o registro de votos e seu código hash armazenados em livro-razão na máquina de contagem de votos ao estilo blockchain. A máquina de contagem de votos aceita a entrada do registro de votação que corresponde a cédula, gerando um retorno de eleição após a caixa de bloqueio processar os registros de votos. O livro-razão que a máquina de votação gerou pode ser publicado para acesso público e qualquer interessado gerar sua própria contagem de votos, e, para que verifique a integridade do registro de voto, as imagens fotográficas da cédula captada no momento da votação podem se tornar públicas sem revelar a identidade do eleitor. A blockchain oferece descentralização, transparência e imutabilidade necessitando ser projetado e desenvolvido com várias rodadas de testes e pilotos.