Trocas de criptografia evoluem com o cruzamento da regulamentação no mercado de ativos digitais e a digitalização do mercado tradicional, decorrente a espécie de “experimento tecnológico” com Bitcoin, BTC, há mais de uma década, motivando a indústria de ativos à mudança nos mercados financeiros globais permitindo ao player de criptografia negociar moedas digitais fora do sistema financeiro tradicional, de modo descentralizado e autônomo, iníciando mercado de trocas de criptografia. Combinado com reconhecimento regulatório e desenvolvimento de infraestruturas do mercado digital, práticas de combate à lavagem de dinheiro tiveram aceitação com investimentos em sistemas de proteção de segurança e reconhecimento de medidas de proteção ao investidor, se expandindo e competindo em igualdade com mercados regulamentados. Plataformas que permitem fluxo livre não regulamentado de valor resultaram no interesse de governos e órgãos reguladores, superando o ceticismo inicial, substituído pela preocupação com fragilidades em relação a fraude e medidas de proteção ao investidor. As crypto exchanges melhoraram sistemas atendendo requisitos de negociação e proteção ao investidor modernizando e democratizando mercado visto como privilegiado e remoto, com bolsas de criptografia escalando negociação 24 horas além de participantes elegíveis e diretamente acessando ferramentas e gráficos de negociação online, antes disponíveis exclusivamente à conjunto limitado de investidores profissionais.
Ativos criptográficos estão na borda externa do perímetro regulatório enfrentando pressão à inclusão na estrutura regulatória, estabelecendo padrões de combate ao crime financeiro. A União Europeia adotou 5ª Diretiva Anti-Lavagem de Dinheiro ou 5AMLD, incluindo trocas de cripto-ativos e fornecedores de carteiras de custódia, resultando em firmas de ativos criptográficos na UE e Reino Unido sujeitas a conjunto de obrigações como necessidade de verificações de diligência do cliente ao integrar um novo cliente, obrigando registar-se junto a autoridades nacionais relevantes, sempre que pretendam exercer atividades relacionadas a criptografia. O tratamento regulatório de ativos criptográficos a nível da UE, envolve o quadro regulamentar existente a criptografia e Regulamentos Específicos como proibir venda de derivados criptográficos à investidores de varejo, daí, duas categorias de cripto-ativos funcionando de modo semelhante à instrumentos regulados e respectivos prestadores de serviços enquadrados no âmbito de regras existentes, tratados com as regras para tokens funcionando como "dinheiro eletrônico" e facilitando transações de pagamento ou stablecoins. Bolsas de criptografia procuram obter licenças regulatórias competindo diretamente com as instituições financeiras estabelecidas, adaptando-se à demanda do usuário por serviços mais sofisticados e aumentando sua própria credibilidade no mercado. A criptomoeda americana Coinbase em 2018 obteve licença de e-money da UK FCA e do Central Bank of Ireland em 2019, permitindo emitir e-money e fornecer serviços de pagamento aprimorando serviços fiat-to-crypto. A Kraken obteve licença bancária do Estado de Wyoming para criar instituição depositária de propósito especial, Kraken Financial, permitindo prestação de serviços de captação, custódia e fiduciários para ativos digitais. A Comissão da UE apresentou proposta para regulamentação dos mercados de ativos criptográficos ou MiCA, através de projeto de regulamento e captura de ativos criptográficos como "tokens referenciados a ativos" conhecidos como "stablecoins" bem como "tokens de utilidade". O projeto MiCA obriga criptotrocas na UE obterem autorização regulatória estando sujeitas a requisitos de prudência e conduta, incluindo ainda, requisitos prescritivos na admissão de instrumentos de ativos criptográficos à negociação e a publicação de white paper com conteúdo específico.
Moral da Nota: atores institucionais pretendem entrar no espaço de ativos criptográficos, como exemplo, o ING trabalha solução digital de custódia e proteção no sandbox FCA que fornecerá segurança institucional para acervos digitais e transferências de ativos digitais. O Gabinete do Controlador da Moeda dos EUA concedeu "autorização total" aos bancos norte-americanos para fornecer serviços de custódia de criptomoedas aos clientes, desenvolvimento que coloca provedores de serviços de criptografia em competição direta com players tradicionais. A inovação, democratização e expansão do acesso das criptotrocas bem como reconhecimento regulatório financeiro aprimorado de seus serviços, combinados a digitalização de títulos de ativos tradicionais e desenvolvimento de infraestrutura de mercado para negociação digital, deve levar a combinações e fusões entre trocas de criptografia em rápido desenvolvimento e instituições existentes.