A primeira onda anti Covid-19, lançada globalmente com 65 milhões de doses já administradas, segundo a Bloomberg, tem o detalhe das vacinas requerem manuseio e armazenamento de modo cuidadoso para se viabilizarem; fato! A FDA, Food and Drug Administration dos EUA, co-desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, informam que a vacina tem que ser mantida a temperatura entre -80°C e -60°C em armazenamento refrigerado e 2°C e 8°C por até cinco dias na geladeira, antes de administrada; fora isso, devem ser descartadas. A South Warwickshire NHS Foundation Trust da Inglaterra usou a empresa de software Everyware e distribuíu vacinas da Pfizer utilizando a Hedera Hashgraph, empresa de tecnologia de contabilidade, no rastreamento de temperaturas em processo de transporte e armazenamento. Termômetros conectados à Internet nas geladeiras, informavam temperaturas automaticamente registradas no livro-razão de Hedera. O co-fundador e CEO da Hedera Hashgraph descreve o processo dizendo que, “a Everyware monitora a temperatura da vacina, tanto nos data centers quanto em hospitais. A informação flui pelo sistema à prova de falsificação, para saber o estado da vacina”.
Seguindo na questão, o Departamento de Agricultura dos EUA confirmou em dezembro 2020 o primeiro caso de um animal selvagem infectado com SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, em vison selvagem infectado em Utah perto de fazenda de vison com surto próprio de Covid-19. Também em fins de 2020 a SARS-CoV-2 saltou ao visom cultivado na Dinamarca, que adquiriu mutações incomuns em humanos na parte do vírus que a maioria das vacinas foi projetada para reconhecer. Quando o vírus infecta nova espécie pode sofrer mutação, adaptando-se para infectar, replicar e transmitir de modo eficiente ao novo animal chamado de adaptação do host. Quando salta à novo host e começa a se adaptar, os resultados são imprevisíveis. Veterinários do Zoológico de San Diego anunciaram que gorilas estavam infectados com SARS-CoV-2, indicando transbordamento de humanos. O Transbordamento é o conceito em que um vírus se move de uma espécie a outra, coisa difícil de ocorrer. A infecção de nova espécie se dá quando uma proteína no interior da célula se desvia do sistema imunológico que o vírus não encontrou antes, replicando em volume alto para ser transmitido ao próximo animal. Significa que quanto maior o relacionamento entre espécies, maior a probabilidade de compartilhamento de vírus.
Moral da Nota: a infecção indireta através de águas residuais em ambientes onde animais como mamíferos marinhos são expostos é meio de infecção humano/animais, como os Elefantes-marinhos da Califórnia infectados com gripe H1N1 dna, pandemia de gripe suína em 2009. Lembrar que mutações são sinais de adaptação do hospedeiro, permitindo que novas variantes do vírus persistam e ressurjam de hospedeiros animais no futuro. O Transbordamento de humanos à animais selvagens, aconteceu no fim do século 20 quando o vírus Ebola saltou de humanos à grandes símios resultando na devastação da espécie, além de vírus respiratório humano detectado em gorilas ameaçados das montanhas. Concluindo, o maior risco aos humanos é o transbordamento resultar no coronavírus estabelecendo reservatório em novos animais e regiões, fornecendo oportunidade à reintrodução futura em humanos, fato acontecido em pequena escala com a transmissão de pessoa/pessoa em fazendas de vison na Dinamarca.