segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Meios de pagamento

O Federal Reserve dos EUA informa empenho em pesquisar caminho à implementação da CBDC, garantindo estabilidade financeira. Trabalha na pesquisa da CBDC, com o presidente Jerome Powel deixando claro como parte da infraestrutura nacional sob supervisão do Fed encarregado da infraestrutura central. As últimas notícias revelam como o Fed pesquisa e testa tecnologias para apoiar a CBDC. O discurso dá direção estratégica ampla, enquanto a nota é mais estritamente focada na justificativa à moeda digital do banco central. Discurso da membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve e presidente do Comitê de Pagamentos, Compensação e Liquidação no Escritório de Inovação do Federal Reserve Bank de San Francisco, líder nas pesquisas da CBDC no Fed e do projeto FedNow sediado no Fed de Boston, informa que a Moeda Digital do Banco Central complementa o dinheiro, não o substitui inteiramente. CBDCs são oportunidade e risco em privacidade, aumento da atividade ilícita e estabilidade das finanças. A representante do FED vê na possibilidade de adoção global e generalizada do Libra pode ameaçar o controle do Fed sobre a política monetária. O DCEP, Digital Currency Electronic Payments da China, está à frente em termos de implementação sendo que a estratégia internacional chinesa ameaça a primazia do dólar como unidade de conta e meio de pagamento.

Neste ecossistema, a BSN completa a integração no primeiro trimestre de 2021 das 24 redes públicas na versão doméstica da rede, permitindo compartilhamentp de dados entre si ainda no primeiro semestre 2021. A rede formou consórcio para administrar os serviços em redes públicas adaptadas, Public Permissioned Blockchain, sendo que o Grupo Huobi é o único membro do consórcio no memorando responsável pela liquidação e compensação da transação, marketing dos novos serviços e operação do portal oficial. Um provedor de serviços em nuvem não identificado oferecerá às cadeias públicas armazenamento de dados e outros recursos de Internet, além do conglomerado China Mobile com extensa rede de centros de dados no país ser um dos apoiadores da BSN. A BSN trabalhou com a filial da Amazon Web Service no fornecer serviços de Internet à dapps, apoiada pelo Centro de Informações do Estado da China, grupo de estudos da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, NDRC, mais alta agência de planejamento econômico. A BSN será responsável pelo cumprimento dos reguladores chineses e pela adaptação da estrutura técnica das redes públicas à rede.

Moral da Nota: os tokens de projetos de redes públicas são ameaça de longa data ao controle de capital na China e à soberania monetária da moeda chinesa. O tether, token em Ethereum atrelado ao dólar, é uma das formas populares de transações entre Ásia e o mundo. Autoridades chinesas também podem temer que tokens ameacem o uso do renminbi e prejudique políticas monetárias dependentes do controle da oferta e demanda da moeda chinesa. Na prevenção ao surgimento de tokens como o Bitcoin o Banco Central chinês inventou sua moeda virtual, o Digital Currency Electronic Payment, DCEP, ou yuan digital. Outra razão que a China critica projetos de redes públicas descentralizadas é o potencial à golpes, como Ponzi, esquemas de bomba e ICO que cresceram durante e após o boom da ICO de 2017 tornando ilegal arrecadação centralizada de fundos da ICO.

Rapidinha: a AntChain, blockchain corporativo autorizado desenvolvido pela Ant Financial, subsidiária da Alibaba, é fonte de inspiração à BSN lançar o consórcio Public Permissioned Blockchain, de acordo com o memorando. Sua missão é fornecer à pequenas e médias empresas plataforma de financiamento blockchain acessível com permissão pública, alavancando grande base de clientes de subsidiárias Alibaba, como Ali Cloud para serviços de internet e dados e a empresa de pagamento digital Ant Financial à transações financeiras em seu aplicativo.

Pra terminar: a gigante chinesa de transporte marítimo Cosco testa o AntChain em documentação livre de violação, incluindo registros de contêineres e licenças de importação. Pretende abrir capital em Xangai e Hong Kong, estando avaliada em US$ 200 bilhões ou maior empresa operando seu próprio blockchain corporativo.