O Tether lançou no exterior stablecoin atrelada ao yuan de codinome CNHT, isto, após lançar uma atrelada ao dólar. A empresa é acusada em ação coletiva nos EUA de causar danos em 2017 decorrente a maior bolha de criptomoeda do mundo. O secretário do Tesouro americano apóia o lançamento de stablecoins, incluindo o Libra do Facebook, desde que as regulamentações dos EUA sejam seguidas. Já os ministros das Finanças da UE, proibiram o lançamento de stablecoins até que o bloco tenha abordagem comum de regulamentação, uma vez que o Parlamento da UE reconheceu no último relatório sobre "crimes financeiros, sonegação e evasão fiscal" em transações de criptomoedas que continuaram ser de alto risco na lavagem de dinheiro, financiamento de terrorismo e evasão fiscal na UE.
No entanto, a China focada na blockchain e comprometida em sua posição líder na mineração de criptomoeda, mantém nos negócios suas fazendas de mineração. Os processadores próprios à criptografia de mineração, por sinal fornecidos por eles, possuem grande consumo de eletricidade, lá, a maior parte a carvão, recurso decisivo no crescimento econômico sem paralelo chinês que queima anualmente metade do carvão usado no mundo. Entre 2000 e 2018, triplicaram as emissões chinesas anuais de carbono representando 30% do total do mundo e fazendo o país emergir como o principal poluidor a partir de 2017, justamente quando as criptomoedas experimentaram bolha sem precedentes. Considerando que Hash é o algorítmo que mapeia dados grandes de tamanho variável à dados menores de tamanho fixo e Hasrate é o número da hashes que pode ser executado por determinado minerador bitcoin em determinado período de tempo, é bom lembrar que a China representa atualmente 60% do hashrate global de Bitcoin, abaixo da alta estimada anteriormente de 90% em 2017. O CEO global da RRMine, empresa de mineração em nuvem, explica que “a plataforma RRMine não possui data centers, é provedora de serviços Hashrate. Coopera com data centers globais, converte Hashrate em ativos líquidos e os fornece aos investidores. A maioria dos data centers cooperativos está localizada no sudoeste da China que possui energia hidrelétrica abundante à mineração de criptomoedas.”
Moral da Nota: a Mongólia Interior abriga a maior usina de energia solar do mundo, "Ordos", com Xinjiang e Sichuan constitui as três grandes bases de mineração de Bitcoin na China, no entanto, as três províncias apresentam a pior qualidade do ar do mundo. Pesquisadores da Universidade de Aalborg na Dinamarca descobriram que a Mongólia Interior pesada em carvão, representava 12,3% da mineração de Bitcoin que resultou em mais de um quarto das emissões totais de CO2 do país e só aumentou depois que os países aderiram ao acordo de Paris.