sexta-feira, 17 de julho de 2020

China e transição

Grande mudança na China envolvendo 1,4 bilhão de habitantes que deverão mudar hábitos de consumo relacionados ao plástico de utilização única, consequente seu fim em grandes centros até o final de 2020 e demais localidades até 2022. Diretrizes do Ministério da Ecologia e Ambiente, por conta do fato que o maior aterro do país está cheio 25 anos antes do previsto, avisa que ítens como utensílios plásticos de comida ou ‘take away’ e pacotes de plástico de transporte das refeições serão progressivamente eliminados. A Universidade de Oxford informa que em 2017 a China produziu 215 milhões de toneladas de lixo doméstico e ao longo dos próximos anos até 2025, produzirá 60 milhões de toneladas de lixo plástico/ano com os EUA produzindo na casa dos 38 milhões de toneladas.
Nos últimos 25 anos a China passou do zero a liderança em painéis solares, superando a Alemanha, e através do plano quinquenal de 2011 para produção de energia em 2015 tornou-se o primeiro país a ultrapassar 100 GW de capacidade renovável instalada em 2017. Painéis fotovoltaicos da China atingirão 370 GW até 2024, o dobro da capacidade projetada nos EUA. Nos últimos 10 anos, a China é a primeira em investimento renovável comprometendo US$ 758 bilhões entre 2010/2019, emergindo como líder em tecnologia de transporte, energia verde e infraestrutura digital, respondendo por 24% do investimento global em energias renováveis, além de capacidade solar e eólica nos países da BRICs passar de 0,45 GW para 12,6 GW entre 2014 e 2019.
Moral da Nota: o relatório World Energy Outlook da Agência Internacional de Energia da Comissão de Transições de Energia, informa que é tecnica e economicamente viável a China tornar-se economia 100% descarbonizada, desenvolvida em verde, com emissão líquida neste século de carbono zero  caso a energia solar atinja o patamar de 44% de todas as adições de capacidade renovável até 2040. Poderão ser desenvolvidos projetos solares sem subsídio a preço significativamente mais barato que o carvão, energia hidrelétrica, energia nuclear e outras fontes de geração alimentadas por rede, padrão que pode ser expandido aos demais países do BRICs.