domingo, 14 de junho de 2020

Google e Open banking

O Banco Central do Brasil anunciou para 30 de novembro o lançamento do sistema ‘Open Banking’, destacando a digitalização da economia. Neste conceito em programa de startups, o Google inclui ‘Open Banking’ em blockchain dedicado a periferia. Selecionou a AkinTec, tornando-se o primeiro open banking blockchain focado na periferia brasileira. No total são 20 startups no programa Startup Zone com infraestrutura ao desenvolvimento de projetos em 2020, incluindo entre as startups algumas blockchain. Fazem parte das selecionadas a 2PCom, TrazFavela, AkinTec, Brev, Cataki, Co.Urban, Datapedia, EuTempero, Foozi, Luna, Fretespot, Health.Inn, Iris Lab, Kindmo Analytics, Moond, Proft, Simplifica Aí, TracerThings, Verdes Marias, Wicar e Zimobi.
Segundo o ‘Google for Startups’, o Startup Zone é voltado a apoiar   startups da periferia oferecendo estrutura, palestras, workshops e oportunidade de trabalhar no Google Campus nos três meses de duração do programa. As startups não se tornam residentes do Google, sendo o programa gratuito e a ‘Google for Startups’ esclarece que a participação das empresas não implica em cessão de participação societária, assim como o Google não fará investimentos nas startups participantes. Por exemplo, a AkinTec é startup de tecnologia que oferece empréstimos às classes C, D e E via "sistema de modelagem de risco de crédito com propostas completas e personalizadas à cada cliente”. A plataforma opera modelo de negócios nas funções empréstimos, varejo e banco digital, através de aplicativo dedicado, estimulando adoção em regiões periféricas com poucas agências bancárias, estrutura e conscientização sobre conceitos básicos de finanças pessoais. A akinTec possui criptomoeda, a AkinCoin, que "pode servir de investimento aos usuários" e convertida em reais, lastreada em aplicações financeiras e rendimento baseado no desempenho das aplicações. Duas outras plataformas dedicadas à periferia brasileira, a 2PCom que conecta negócios das regiões periféricas a profissionais freelancers via soluções "inovadoras de comunicação" e a TrazFavela, um app de delivery fortalecendo comércio nas regiões de periferia.
Moral da Nota: o Open Banking é o sistema que permite fintechs acessarem dados bancários de clientes, entre outras funções, aliado ao Pix, significando mudança no relacionamento e integração entre criptomoedas e sistema financeiro tradicional. O Open Banking, segundo o Banco Central, coloca em igualdade bancos e fintechs com regulamentação permitindo compartilhamento padronizado de dados e serviços através de abertura e integração de sistemas por instituições financeiras, de pagamento e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, desde que haja prévio consentimento do cliente. As premissas do modelo ‘Open Banking’ partem do princípio que o cliente, pessoa física ou jurídica, é titular dos dados pessoais e sua experiência no processo de compartilhamento se dará de modo ágil, seguro, preciso e conveniente, via canais eletrônicos das instituições. Os atos normativos aprovados trazem regras a respeito dos dados e serviços abrangidos, das instituições partícipes, do consentimento do cliente e de autenticação da convenção celebrada entre instituições participantes, definindo padrões técnicos e procedimentos operacionais para implementação do Open Banking. Dispõe sobre responsabilidade das instituições a respeito da disponibilidade e performance das interfaces no atendimento à demandas de clientes e suporte aos participantes.
Rodapé: os Bancos não querem Bitcoin no Open Banking e querem cobrar para passar informação de clientes.