sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Rastreamento do cacau

A Apeosae, Federação de Organizações Exportadoras de Pequenos Agropecuários da Amazônia Equatoriana, focada em café e cacau, negocia com apoio do PNUD e Fundação Fairchain exportar para Europa chocolate rastreável por Blockchain.  A parceria da Apeosae com a empresa Hoja Verde de chocolate produzirá 20 mil barras para exportação, rastreando a cadeia de produção, incluídos processos de fermentação, secagem, impressão e etiqueta. Fornecerá informações críveis via código QR que permitirá formação de preço e percentagem final de modo justo e sustentável, refletindo o impacto no ecossistema e custos reais de produção e exportação.
Na América Latina projetos integrando Blockchain e cacau como o Bit & Nibs venezuelano, exporta cacau criando moeda com base no chocolate. O desenvolvimento da plataforma permitirá venda de chocolates e grãos de café, resgatando a cultura cacaueira nativa, considerando que um quilo de chocolate na Europa vale mais que um barril de petróleo. Através do "Block-to-bar" práticas de produção desde o cultivo do cacau a elaboração da barra de chocolate serão aperfeiçoadas e associadas ao Blockchain garantindo qualidade e transparência. Na Colombia, envio de remédios e modelos de sistemas eleitorais ao lado do México com o Agrocoin, primeira criptomoneda agrícola, priorizam a tecnologia da cadeia de blocos. Patrocinado pela IBM e ConsenSys com prova de conceito pela Universidade Nacional da Colômbia, o Ciclo por exemplo é iniciativa que descentraliza acesso à energia para populações de baixa renda. Um dispositivo projetado permite a qualquer gerador de energia sustentável, trocar e vender o excedente através de moeda digital chamada Cles, quantificando a energia negociada, empoderando comunidades para redistribuir em rede de casas a geração dos excedentes de energia limpa. No Brasil o Ecochain, diverso do Europeu e nascido nos EUA, trata-se de moeda verde com troca de material reciclado pelo Token ECO suportado pelo blockchain da Ethereum envolvendo as empresas TI2CI, LF1 e Finchain. Busca tecnologia disruptiva na gestão de resíduos com "garantia da integridade da informação", financiando o desenvolvimento entre nós de projetos de agricultura cooperativa apoiado pela Unicafes. O OpenVino blockchain argentino, com vinho e criptomoeda informando qualidade e processo de produção, projeto de dados abertos, gerando propriedade intelectual reutilizada e compartilhada. Os objetivos do projeto do vinhedo orgânico Costaflores é a decisão do valor do produto pelo mercado, transparência na produção e rastreamento da fábrica ao cliente. 
Moral da Nota: a Fundação Fairchain pretende que pelo menos 50% do valor gerado pela atividade econômica permaneça no país de origem, verificando se o consumidor sabe que parte do valor permanece na origem, fator de influência na decisão de compra. A rastreabilidade influenciará o consumidor na escolha do produto a comprar apoiando diretamente os agricultores.