domingo, 21 de julho de 2019

Desafios e Demandas

Informe conjunto da OCDE ou Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico e FAO ou Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura,  de Codinome 'Perspectivas Agrícolas 2019-2028' avisa que para 2028, a América Latina e Caribe responderão por mais de 25% das exportações globais de produtos agrícolas e pesqueiros. Atualmente responde por 14% da produção agrícola mundial e 23% das exportações de produtos agrícolas e pesqueiros. Avisa que o crescimento independe da queda na demanda, esperando-se na próxima década um crescimento de 22% na agricultura e 16% na pecuária. Por conta da desaceleração da demanda e busca por exportar mais, a região se apega na abertura comercial e produtos básicos como arroz e carne bovina são objeto de maior concorrência. A pesca se expandiu 1,3% nos últimos dez anos, embora cresça atualmente 2,7% ao ano junto a forte crescimento da suinocultura vista nos últimos 40 anos.
O informe FAO-OCDE foca desafios no futuro visando prevenir crise de oferta proteica, olhando um mar mais sustentável ao lado de menor demanda e preços internacionais mais baixos. Inclusão e sustentabilidade no futuro do crescimento vegetal, focado na nutrição, proteção social, pobreza rural, fome e obesidade. Olha com olhos otimistas o potencial de frutas e verduras de alto valor, dando oportunidade a agricultura familiar ao lado de dietas mais saudáveis à população. Assistência a produtores e consumidores necessita prioridade, aproveitando oportunidades que impactam a base de recursos naturais da região. Devem ser levados em conta sistemas nutritivos mais maduros com políticas inovadores de segurança alimentar e nutricional, necessárias para impactar o crescimento da fome e o aumento da obesidade em níveis epidêmicos.
Moral da Nota: o futuro não pode ser olhado somente sob o ponto de vista corporativo setorial. A nossa frente, um passivo de 12 milhões de pessoas sem trabalho envelhecem fora do mercado. Áreas degradadas devem ser recuperadas de modo profissional, necessitando uma política para a questão. O futuro do país e do mundo aponta à 70% da população, urbana e mais velha em litoral amplo, ocioso, desgastado que pede alavanca na economia digital que nos ofertará descentralização e apoio às cidades litorãneas, desenvolvimento eficaz do negócio marinho sustentável, com empresas de pesca a base de viveiros marinhos ofertando alternativa proteica de futuro promissor. Tudo alavancado por plataformas digitais, descentralizadas, tendo o serviço ou projeto no centro, remunerado e financiado por stablecoin atrelada ao petróleo e gás no mar pelo que melhor temos, a Petrobrás, e BNDES em terra atrelado ao ouro, dando espaço a economia segmentada, temática e descentralizada. A questão ambiental é oportunidade de futuro ao trabalho e desenvolvimento tecnológico.