domingo, 23 de junho de 2019

A força do vento

A questão do clima impacta a existência da vida de terra, envolta de incertezas, acelerando o processo de modificação. Todos estamos conscientes do termo 'Eventos Extremos' e seu significado. O derretimento das geleiras no Ártico salinizando a água doce e modificando todo o ecossistema ao redor, para alguns vantajosa à navegabilidade o ano todo, trás como colateralidade a navegabilidade o gigantesco vazamento de metano retido nas terras eternamente geladas lançando o processo em incerteza ainda maior. 
A ciência desenvolve a próxima geração de modelos climáticos globais com vistas a projetar alterações dos ventos e ondas marinhas nos próximos 100 anos. Tais Modelos analisados na Universidade de Melbourne, informam que os ventos oceânicos extremos e a altura das ondas estão aumentando no oceano Austral, marcando o rítmo dos oceanos Pacífico Sul, Atlântico Sul e Índico, ao lado de pequeno aumento na velocidade do vento e altura das ondas no Atlântico Norte. Foram coletados dados de 31 satélites de medição das ondas e ventos a nível planetário, reunindo 4 bilhões de medidas entre 1985 e 2018 e comparadas aos dados de 80 bóias flutuantes pelos mares. Daí concluíram que ventos extremos no Oceano Austral nos últimos 30 anos aumentaram 1,5 mt/seg ou mais 8% e as ondas extremas aumentaram 30 cms sua altura ou mais 5% no período.
Moral da Nota: taí a explicação de um evento decorrente o efeito estufa com aumento do número de tormentas e sua intensidade bem como o vento ocânico e altura das ondas. A revista Nature inclui neste evento danos por ventos e ondas mais intensas impactando a infraestrutura das cidades litorâneas. Este evento danoso abre espaço a maior utilização da energia eólica offshore, se considerarmos que os danos extremos não são uniformes, existindo em regiões em que ventos mais adequados de intensidade mais otimizada a ponto de estimular o desenvolvimento eólico marinho. A questão da mitigação e resiliência dos danos efeito estufa virá a medida que avança a conscientização da população, governos e empresas públicas ou privadas tornado prioritária a questão. Entre nós o que melhor temos é a Petrobrás, pioneira na pesquisa em águas profundas, cujo habitat preferencial é o mar. Seguindo a tendência do mercado ancorado na economia digital e criando stablecoins em bancos ou empresas privadas, nada como o 'coinmar' atrelado ao petróleo e gás da Petroleira, remunerando e afrontando esta questão desafiante em relação as cidades costeiras e o mar.