segunda-feira, 27 de maio de 2019

Comércio e Ciência

É verdade que um novo look de uma celebridade, tem maior visibilidade que fatos determinantes da vida dos povos da terra. Umas dessas situações pode ser delineada no ano 1972. Neste ano desenvolvia nos EUA discussão acirrada de continuar ou terminar a guerra do Vietnam, captaneada pelo Presidente Nixon, praticante da religião Quaker que privilegia a paz entre os povos. Outro evento em paralelo foi a primeira reunião do clima em Estocolmo, cujo número de participantes foi menor que o total dos dedos das mãos. A partir daí uma série de eventos tiveram lugar. 
Por inspiração Quaker e de uma meia dúzia de hippies, surge o Greenpeace que se deslocou ao Canadá por maior abertura que nos EUA. Iniciou suas atividades focado no agente laranja e Petróleo, aqui, grandes petroleiras através de seus cientistas alertando os chefes, que em decorrência de suas descobertas, a terra aquece. Em 1992 com a segunda reunião do Clima, o foco passa a ser o petróleo e carvão denominados combustíveis fósseis. Em consequência inicia-se grande processo de negociação com o setor automotivo e de carvão mundial, culminando com a reunião de Paris em 2015 pactuando mudança de forma progressiva para matriz energética elétrica, tendo uma fase híbrida intermediária até renovação total da frota. 
Moral da Nota: a globalização foi caprichosa com o país da livre concorrência e ícone capitalista, determinando no setor automotivo desvantagem na concorrência para as asiáticas, ao lado da siderurgia e indústria de eletricidade a carvão. Nós emergentes, devemos nos atentar aos cortes que fazemos em relação a acordos climáticos que avançam no mundo industrializado as voltas com a quarta revolução. A Europa possui planos de renovação de toda a sua frota automotiva, dando na sua indústria um lufar de vida e renovação científica de ponta. Estão em processo de banimento veículos de passeio movidos a díesel e um grande salto na indústria automotiva pesada visando novas formas de energia, como impulso na indústria de caminhões elétricos. O perigo é por conta de rupturas na politica ambiental da América Latina, abrir espaço para setores ultrapasados da indústria automobilística se deslocarem para nosso mercado. Por conta de equívocos políticos, os que perdem espaço comercial e científico entre países mais avançados, podem se aninhar entre nós como se estivessem nos fazendo favor, nos condenando a futuro em que prevaleça processo de irrelevância e mediocridade..