O planeta perde devido à degradação dos solos 12 milhões de hectares de terra fértil/ano. Desertificação, degradação do solo e mudança climática são temas da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. Para atingir a neutralidade na degradação do solo, necessita que dois milhões de km² de terras degradadas retornem a fertilidade. Cientistas do Instituto Caribenho de Meteorologia e Hidrologia em Barbados, afirmam que episódios de poeira no Saara afetam a qualidade do ar nos países do Caribe oriental. Prejudica painéis solares diminuindo absorção de radiação, afetando ecossistemas marinhos e terrestres. Na Amazônia poeira tem efeito positivo sobre o solo e impacto negativo nos ecossistemas marinhos pelo surto de algas.
Financiada pelo governo alemão, Instituto Max Planck e Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, funciona desde 2015 a 150 km de Manaus na Estação Científica do Uatumã, a torre ATTO. Com equipamentos que captam informações sobre os fluxos de troca entre a floresta e a atmosfera, obtendo análises de concentrações de CO2 na atmosfera, do balanço de radiação e fluxos de ozônio e aerossóis, indicadores para estabelecer a importância da floresta amazônica. Os dados obtidos avisam que a floresta controla o balanço de energia, fluxo de calor latente e sensível, vapor d'água e núcleos de condensação de nuvem que intensificam o ciclo hidrológico, no entanto, sua fragmentação determina perda destas propriedades.
Moral da Nota: estudo com dados da Torre ATTO, reforçou a importância da Amazônia na regulação química da atmosfera e pesquisadores do GoAmazon descobriram que a floresta emite três vezes mais isopreno que o estimado anteriormente, substância esta precursora do ozônio. Outro trabalho mostra que na floresta as partículas ultrafinas de poluição emitidas pelas cidades, desprezadas no impacto da poluição urbana, afetam a formação das nuvens de tempestade na Amazônia fazendo compreender como a poluição urbana afeta a formação de tempestades.