sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Microplásticos

Os plásticos se desenvolveram a partir de 1940. Sua introdução foi considerada uma revolução, reduzindo custos, facilitando transporte, telecomunicações e sob condições adversas na obtenção de colheitas. Entende-se como microplástico ao fragmento de material plástico cujo diâmetro não exceda 5 mm. Estima-se que 80% do microplástico oceânico seja originário de ecossistemas terrestres, oriundos de solos agrícolas, atividades industriais, construção, transporte e aterros sanitários. Calcula-se que entre 110 mil e 730 mil toneladas de microplásticos são transferidos aos solos por ano na Europa e América do Norte, com a quantidade que chega ao solo 4 a 23 vezes maior que a chega ao oceano, estando nas embalagens e transporte 40% do volume utilizado no mundo.
Os primeiros registros do impacto dos microplásticos nos ecossistemas marinhos datam da década de 1970. Sua descoberta em embalagens de sal e latas de sardinha e até mesmo no intestino e fezes humanas foi anunciada. A partir de 2013 sua presença nos ecossistemas aquáticos continentais é indicada. Seu efeito sobre os solos e ecossistemas terrestres foi ignorado com algumas menções em 2005. Em 2012, Matthias Rillig da Universidade Livre de Berlim alertou em estudo sobre a questão. 
Moral da Nota: a lenta degradação, 400 anos, dificuldades na reciclagem e reutilização, ao contrário do aço e vidro reciclados indefinidamente, o plástico perde gradativamente suas propriedades. Consequente a obtenção de material de qualidade inferior necessita ser misturado ao plástico virgem. Além do que a grande maioria dos plásticos termina em aterros sanitários ou incinerados, sendo o setor agrícola o grande consumidor. Sua permanência no solo ou em aterros gerando grande quantidade de detritos é chamada pelos chineses de "poluição branca."