terça-feira, 18 de setembro de 2018

A Comissão européia

Segundo o Financial Times, a Comissão Europeia deverá reforçar os poderes das agências da UE visando combater a lavagem de dinheiro e financiamento de atividades terroristas. 
Isto porque identificaram deficiências europeias no controle de fluxos de dinheiro ilícito trans-fronteiriço. Dentre as medidas, conferir à Autoridade Bancária Européia que regula atividades dos bancos na UE, mais poderes de coerção e mais recursos visando investigar atividades bancárias no financiamento de atividades ilícitas. Além de atribuir ao Ministério Público Europeu ou EPPO que é uma agência criada recentemente, poderes a partir de 2025 de investigar financiamento terrorista nos Estados Membros.
Tal implementação tomou força depois que o banco dinamarquês Danske Bank foi acusado de falhar na implementação de medidas de combate a lavagem de capitais relacionadas a operações na Estônia, receptora de 30 bilhões de dólares russos em apenas um ano. Após a acusação, relatório pedido pelo banco levanta dúvidas sobre quem sabia na administração sobre as transferências citadas. O Danske Bank sofreu oito advertências do regulador dinamarquês sobre erros de procedimentos e não adotou medidas sobre as operações postas em dúvida. Além do não cumprimento da exigência legal dinamarquesa de funcionário responsável pela área de combate à entrada no sistema de financeiro de capital proveniente de atividades ilícitas.  
Moral da Nota: textualmente o relatório do banco diz que "o volume das transações no portifólio de não residentes alcançou um máximo em 2013, com o número de operações neste ano aproximando-se dos 80 mil perto dos 30 de bilhões de dólares." Daí o banco admitir que fez "muito pouco e muito demoradamente." Segundo o Presidente executivo do banco Thomas F. Borgen, "devíamos ter percebido numa fase mais incial a profundidade e abrangência dos problemas na Estônia e ter reagido mais rápida e eficazmente."