quinta-feira, 5 de julho de 2018

Mercado verde

Segundo o FTSE Russel, 6% do mercado global de ações ou 4 trilhões de dólares são de energia renovável e alternativa, aí, eficiência energética, água, resíduos em geral e serviços de despoluição. Quer dizer, o setor de energia representa mais da metade da economia verde, a alimentação, agricultura, água e transporte são outros setores importantes. Tal mercado se difunde entre empresas de tamanhos e naturezas diversas, com dois terços composto por grandes empresas equanto pequenas e médias são as mais expostas a transição econômica. 
Moral da coisa: a economia verde representa quase a mesma fatia do mercado de combustíveis fósseis com o diferencial de estar em expansão enquanto o de big-oil em retração, dito por gente que entende. Outro detalhe é a esperança do mercado capitalizar 7% em 2030, sendo 10% ou 90 trilhões de dólares em investimento verde. O maior contribuinte para economia verde são os americanos sendo que alemães e franceses contribuem com 4%.
A propósito: o economista português Mário Murteira, advoga que a desocidentalização da globalização no século XXI constatada no Oriente encontra nos chineses um dos principais atores. Fala em ocaso da hegemonia ocidental relacionando a globalização ao novo capitalismo ou 'Mercado de conhecimento' como elemento mais influente na acumulação de capital e crescimento econômico, ou, seu núcleo de evolução do sistema econômico. Pena que o primeiro mundo prioriza na América Latina e África a exportação de commodities em detrimento ao conhecimento.