terça-feira, 24 de julho de 2018

Mea culpa

Tudo que consumimos possui pegada de carbono, a questão está no descontrole, como exemplo a produção agrícola e peduária produz cinco bilhões de toneladas de CO2.
Na Universidade inglesa de Manchester, buscaram identificar a pegada de carbono nos ingredientes do sanduiche britânico clássico com bacon, alface e tomate. Afirmam que é alta a contribuição na pegada de carbono do tomate, considerando o gás natural e a eletricidade para aquecimento e iluminação das estufas. Já o WWF entrega que no Reino Unido a produção de tomate, pimenta e pepino é pior para o ambiente que o frango e peru. 
Seguindo, damos de cara com 70% da produção mundial de soja fornecida ao gado cuja  capacidade é de 105 kgs de CO2/100 grs de carne. O cerrado brasileiro perdeu metade de sua vegetação natural para a soja, cujo desmatamento responde por 29% das emissões de gases efeito estufa. No Fórum Econômico Mundial avisaram que microplásticos ou pedaços entre 5 mm e 100 nm (nanômetro) de diâmetro foram encontrados em peixes, mel, frango e cerveja. Outro estudo publicado na Environmental Research Letters em junho de 2017, diz que sistemas orgânicos exigem 25% a 110% a mais no uso da terra, 15% menos energia e potencial de eutrofização (crescimento excessivo de plantas aquáticas) 37% maior que sistemas convencionais por unidade de alimento.
Moral da nota: em 2017, pesquisa avisou que o fertilizante Nitrato de amônio responde por 43% de todas as emissões de gases estufa na produção de um pedaço de pão nosso de cada dia. Por fim, necessitamos de 1.799 galões de água/kilo para criar um vaca, daí, a lamentável piada de mal gosto dita em Davos à fina flor da elite europeia que a carne brasileira é ecológica, sendo esta, nossa contibuição no dito Espaço de Schengen.