sábado, 20 de janeiro de 2018

O Povo da Esperança

Surgiu a notícia que rabinos insraelenses acolherão ou promoverão acolhida a imigrantes africanos expulsos pelo governo, governo este que usa, segundo boa parte dos judeus que vivem em Israel, métodos nazistas. Esta notícia, segundo afirmam, foi inspirada em Anne Franck que todos judeus ou não, deveriam sempre que pudessem, lembrar.
Anne vive nas meninas palestinas que assistem soldados expulsar suas familias de casa porque um parente cometeu uma agressão política, como a resposta nazista na Noite dos Cristais. Anne vive na adolescente palestina presa por agredir um militar armado; coitadinho. Anne vive no gueto de Gaza, mil vezes pior que o de Varsóvia.
A questão de Jerusalém é menor pelo dano social, político, moral, a todos judeus que não vivem em Israel, que não tem vínculos políticos com a direita do país, mas que certamente, sempre que se pode são questionados por atrocidades lá cometidas, por serem judeus.
Ser judeu, não é nada demais além de ser descendente de Abraão, um povo oriundo de Uhr atual Iraque, como os negros africanos ou os ciganos, com o detalhe das sub divisões como as tribos de Israel, atualmente ignoradas pela ideia da obrigação em ser sionista e de pensamento unificado.
Ser judeu é ser pós Holocausto, vítima desarmada, que sob o olhar indiferente de todos, inclusive judeus, resignados se dirigiam para a morte.
Trump chamado de verdadeiro amigo de Israel, na sua megalomania palpitando em assunto que pensa lhe dizer respeito, desgasta judeus europeus do leste, russos, iranianos, sírios, americanos, africanos, latinos, húngaros, uma imagem já bastante sofrida com danos de consequẽncias imensuráveis. Alguém sabe, imagina, tem noção do que seja ser judeu em Sarajevo minoria em uma população majoritária de cristãos ortodoxos, católicos e muçulmanos ?
Valeu Rabi, faz realmente juz a honra recebida, um dia Jerusalém será o sonho a que foi idealizada ou Cidade da Paz.