domingo, 28 de janeiro de 2018

Buscando saída


No semi árido nordestino vivem 23 milhões de pessoas e todos sabemos, submetidos a indústria da seca, cobrando preços elevados pela água ou trocando por votos de cabresto, cujo início ninguém é capaz de informar, mas todos em Brasília sabem até onde conseguem ir.
Oposto a esta política, o Instituto Regional de Feira Agrícola (IRPAA) ao que fazem parte o movimento de articulação con o Semiárido (ASA), associados a 3 mil outras organizações, busca ampĺiar a visão da seca, do homem e sua sobrevivência local.
Numa região que chove 200-800 milímetros, a seca pode durar anos, a solução é armazenar água, quando chove, pelo sistema de sisternas recolhendo chuva dos telhados e do solo. Desenvolvendo com esta água acumulada sistema de irrigação por gotejamento, adequando as plantas mais receptivas as condições do ambiente, resistentes a seca e evitando o desperdício de água.
Em tempo: entre 1979 e 1983 a seca causou até 1 milhão de pessoas em êxodo rural para as grandes cidades, ocasionando mais pobreza e fome. Convivência com o semi ário, só sabe o que significa, aquele que lá vive, não quem se coloca no ambiente agrável dos escritórios palacianos, informados pelos aliados e cumpichas. Lembrar que os Esquimós vivem no gelado Ártico, os Tuaregs (nômades do Saara) vivem no clima desértico a muitos séculos. Foi assim, é assim e será assim.