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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O paradoxo do carvão

Pesquisa do Fórum Econômico Mundial avisa que em 2017, energias renováveis ​​não subsidiadas são em 30 países a fonte de eletricidade mais barata. Prevê-se que as renováveis ​​em termos de custo sejam mais eficientes que os combustíveis fósseis, por conta de em 2017 a capacidade solar global crescer mais rápido que todos os fósseis combinados. Energia solar e eólica provam estar entre as fontes mais baratas disponíveis cujos preços estão em rápida queda. Decorrente a isto, as principais empresas de energia dos EUA duplicam a busca por renováveis, incluindo nessa, as petroleiras. Paradoxalmente os EUA promovem a energia fóssil na COP24.
De acordo com a IRENA, o emprego global na energia renovável ultrapassou 10 milhões pessoas em 2017, ou 5% a mais se comparado a 2016. Nos EUA, 786 mil pessoas foram empregadas no setor renovável em 2017 ou 1% a mais que 2016. Uma das maiores defensoras da energia fóssil, a Exxon Mobil Corporation, grande compradora corporativa adota os benefícios das renováveis para apoiar operações no Texas. Assinou um acordo de 12 anos com a Orsted A/S da Dinamarca para fornecimento de 500 MW de energia solar e eólica a partir de 2020. Comprará 250 MW de energia solar e 250 MW de energia eólica de fazendas em Permian, considerado o maior contrato de energia renovável assinado pela empresa, cuja eletricidade seria suficiente para abastecer 400 mil casas médias dos EUA.
Moral da Nota: relatório da Lazard informa que usinas solares em escala de utilidade pública, via micro-redes capazes de fornecer energia diretamente à rede elétrica, registraram desde 2009 queda de 86% no preço custando atualmente US 50 dólares o megawatt/hora, enquanto a energia do carvão custa US 102 dólares para a mesma quantidade de eletricidade. Já na Europa a Enel e a Orsted, empresas de energia em transição de combustíveis fósseis à renovável, prometem facilitar o diálogo social com trabalhadores e sindicatos visando atender padrões básicos de trabalho.
Em tempo: Caso houvesse entre nós a viabilização de projetos de micro-redes com painéis solares residenciais em comunidades ricas ou pobres urbanas ou rurais, ao adquirir escala, nunca mais ligaríamos nossas térmicas sejam elas no norte, nordeste ou sul.