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domingo, 21 de abril de 2019

Longo caminho

Tim Mousseau da Universidade da Carolina do Sul diretor de pesquisa da Chernobyl + Fukushima Research Initiative associado a Anders Møller da Universidade de Paris-Sud, comandou mais de 35 expedições a Chernobyl e 16 a Fukushima, avaliando modificações na fauna e flora terrestre e marinha. É fato que a exposição ao césio-137 tem efeitos sobre a fauna, a decomposição das folhas é 40% menor que registrada em florestas não contaminados pelo impedimento a decomposição de restos vegetais. A lentidão do ciclo nutricional torna-os inacessíveis à plantas e a cadeia trófica, favorecendo incêndios florestais espalhando fumaça radioativa. A Chernobyl radioativa ampliou a frequência e o grau de cataratas, diminuiu o tamanho do cérebro, aumentou a incidência de tumores, afetou a fertilidade e promoveu o aparecimento de anomalias no desenvolvimento das aves. Ratos se multiplicaram e sobreviveram ao passo que andorinhas desapareceram após o acidente em um fluxo de novos indivíduos formando novas populações. 
A questão é o efeito cumulativo de partículas de césio-137 ao longo da cadeia alimentar. A radiação altera a taxa de mutação bacteriana tornando-as mais virulentas. Chernobyl promoveu a adaptação das andorinhas com maior capacidade de defesa adquirida pela grande mortalidade e consequente seleção natural, tornando-as resistentes a ação bacteriana. Pesquisas indicam que áreas com altos níveis radiativos têm baixa população de vida selvagem, sugerindo que animais em tais regiões possuem problemas genéticos. Dados publicados na revista Food Webs mostram que recursos nutricionais fluem através dos ecosistemas, ficando disponíveis aos animais selvagens terrestres e semi-aquáticos como lontras, martas etc.
Moral da Nota: ambientes radioativos como Chernobyl e Fukushima demonstram que os danos são determinantes de forte seleção, caindo num universo de consequências inimagináveis. A questão das modificações do clima ao lado do envelhecimento humano, nos coloca em labirinto de possibilidades a mercê de leis da seleção natural. Agregue a isto fatos regionais, políticos, financeiros e etc. A grande questão passa por quem serão os positivamente selecionados ou quem sucumbirá pelas adversidades do tempo, diante a passividade e lentidão em conseguir respostas ao desafio e deixando tudo a cargo das implacáveis leis de seleção natural. 

sábado, 8 de setembro de 2018

Longo caminho

Artigo publicado na revista Science informa que partes do sistema energético global necessitam mecanismos para evitar o descontrole das emissões de gases efeito estufa. Demonstra que 6% das emissões de CO2 tem origem na aviação transporte de pessoas e bens por longas distâncias, 9% na fabricação de cimento e aço, além do setor elétrico representando 27% das emissões produzidas. Na indústria 12% oriundas da eletricidade de continuidade devem compensar nos picos de demanda, o consumo na baixa da eólica solar ou hidrelétrica por meio de usinas produtoras de energia à gás. Sem falar nas emissões agrícolas, manejo da terra e desmatamento.
Moral da nota: a tomada de consicência relativa ao problema trará luz ao conceito que a transição para energia renovável, acontecerá através da criação de empregos que minguam nos setores de consumo.