A economia circular, um conceito opondo ao processo produtivo linear o processo circular em que resíduos são insumos para a produção de novos produtos; em resumo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. A substituição de motores de combustão por motores movidos a energia limpa e sustentável originou veículos elétricos e híbridos. Até 2030 serão na Europa 26 milhões de veículos com emissões zero. Graças a materiais de fabricação inovadores, baterias e motores elétricos se inserem em conceitos de economia circular em que a bateria representa um terço do valor total do veículo. O material veicular compõe-se de metais ferrosos e não ferrosos na proporção de 60% e 70%, além de tecno-polímeros que permitem substituir metais.
Motores elétricos usam metais do grupo de terras raras ou neodímio, praseodímio e disprósio, enquanto as baterias usam o cobalto e lítio que podem ser recuperados em forma de liga mista purificada para separação seletiva. As terras raras podem ser recuperadas através de líquido iônico aquoso e levemente ácido. Os polímeros são recuperados por reciclagem mecânica, trituração e moagem de onde se fabricam novos polímeros ou tratados por processos termoquímicos transformando em energia elétrica e combustíveis líquidos. Tecnologias baseadas no uso de compostos orgânicos como metanol, e acetona permitem a recuperação das fibras que são parte dos polímeros.
Moral da Nota: a Europa depende de outros países neste quesito, estima-se que em 2030 mais de 130 mil toneladas de lítio/ano serão consumidas, 900 de neodímio e 300 de praseodímio e disprósio. Certamente o aço ela já possui levando em consideração um programa de reciclagem do material dos veículos movidos a combustível fóssil diminuindo a conta ao consumidor final, criando empregos e desenvolvendo tecnologia.