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sábado, 16 de março de 2019

O desafio da água

No recente encontro entre os presidentes do Brasil e Paraguai, ambos utilizaram a mesma palavra para a pauta: desafiante. Talvez desafiante fosse a renegociação do acordo de Itaipu entre as partes por conta da necessidade de atualização. Ambos partirão de bases que consideram mais sólidas. No centro de tudo a 'água,' cantada em prosa e verso que no futuro seria motivo de conflitos entre nações. Itaipu fornecedora de 90% da energia paraguaia, patrimônio de ambos os países, deveria servir de base para asentamento de um futuro sem conflitos. 
O rio Paraná é mais que Iataipu por conta de correr boa parte no Brasil, um trecho entre Brasil e Paraguai e um trecho argentino. Visão alargada deste patrimônio que além das represas, se somam os lagos das represas ao lado de inventário do ecossistema envolvido com seus dependentes econômicos, riqueza potencial e navegabilidade. Certamente chegaremos a conclusão que o rio é mais que uma gigantesca represa mas fonte de vida. Daí poderíamos inserí-lo na economia digital via plataforma DLT, escalando um consórcio envolvendo os trechos administrados por Brasil, Paraguai e Argentina. Lembrar que participam na empreitada, União, Estados e Municípios dos trechos banhados pelo rio, poluentes e beneficários econômicos, portanto, solução do problema. Nela, startups fariam inventário do ecossistema e da população riberinha sob sua jurisdição, geradores de dividentos, ao lado das represas seus lagos e empresas de navegação. Ordenar na economia digital a vida econômica gerada pelo rio, daria encontro a soluções positivas inserindo aí a questão de Itaipu. 
Moral da Nota: todos se lembram que na crise hídrica paulista, São Paulo quis fazer um puxadinho no Paraíba, evitando assim o colapso hídrico da capital, imediatamente questionado judicialmente pelo Rio. Choveu e o problema adormeceu. O futuro é hoje, um consórcio do Tietê para despoluição e desenvolvimento de ecossistema nunca é tarde para iniciar. Termino refrescando memórias da Etiópia em 1985 com uma campanha mundial contra a fome. Ninguém falou que o Egito torpedeava no Banco Mundial com apoio americano, financiar represa em um dos afluentes do Nilo que corta este país, sob argumento que diminuiria o fluxo do rio. Foi a China quem financiou e construiu a represa etíope fornecendo eletricidade e água para irrigação.