Antes da colocação de um questionamento, busquemos alguns parâmetros sem a pretensão de verdadeiros ou não, mas como pontos de referência ao questionamento.
A palavra Cultura remete a Roma antiga relativo a agricultura ou ação de tratar, cultivar, no caso conhecimento. Nesta ideia referenciar Cultura, questionado ou não, seria do inglês Edward Tylor como o complexo incluindo conhecimento, crenças, arte, moral, leis, costumes, hábitos e capacidades adquiridas pelo homem, inseridos em determinada sociedade. Para a ideia de Estado referenciando Norberto Bobbio, fala sobre sua utilização vez primeira no sentido contemporâneo pelo general Sun Tzu e depois Maquiavel, como representação da forma máxima de organização humana transcendida pela ideia de comunidade internacional. O termo originado de status ou modo de estar, refere-se a qualquer país juridicamente soberano estruturado e politicamente organizado, designando instituições que controlam e administram uma sociedade. Por fim, Religião se insere bem em conjunto de crenças e sistemas culturais com visões de mundo estabelecendo simbologia relacionadas a humanidade com espiritualidade e valores morais. Pode ser confundida como sinônimo de fé diferindo da crença privada pelo aspecto público que tem. Apresenta comportamento organizado com adesão ou filiação aos denominados e específicos grupos.
Moral da história: independente dos conceitos acima serem verdadeiros ou não ou passíveis de correção, certamente há melhores, o que não invalida o questionamento.
A ideia da primazia exclusiva judaica de ser Jerusalém a capital do estado de Israel, estabelecida a mais de 3000 anos pelos antigos judeus, deveria ser acrescida de ingredientes mais amplos que a visão sionista do século XIX de cunho político, militar e religioso. Sem a arrogância de discutir quem é o dono da verdade ou não, a questão a ser colocada é simples. Caso Jerusalém seja declarada pela comunidade internacional capital do estado judeu, os palestinos maioria da região leste ou cidade antiga, seriam expulsos? E mais, no caso de ser permitida a peregrinação de grupos islâmicos a Mesquita sagrada localizada no Monte do Templo, seria permitida a peregrinação de muçulmanos libaneses, iranianos, iraquianos xiitas, sírios e todos que se declaram inimigos do estado de Israel, muitos deles não inimigos de judeus, ou, sob a acusação de perigosos ou terroristas, seria proibida sua presença? Desculpe, este questionamento é feito antes que a seca devore tudo e a temperatura sua demais.