A chegada de Trump na presidência dos EEUU trouxe característica pessoal até então ausente nos demais; a preferência pelas redes sociais priorizada pelo Twitter. Aí surgem os hackers turcos explorando brecha de modo não convencional. Ao invés de atacar a conta pessoal do presidente, assumiriam o controle de contas por ele seguidas. Usam-nas enviando mensagens ou links maliciosos, se clicados, revelariam senha do usuário concedendo aos hackers controle da conta. A partir daí publicariam mensagens em nome da vítima interagindo na rede tentando influenciá-la, com isto, distorceriam o filtro do Twitter sob a forma como Trump enxerga o problema. Em consequência levantam-se fatos sobre a natureza dos ataques nas redes sociais, influenciando comportamentos, interagindo através de contas falsas ou comandadas por robots.
Pensando nisso Fanyu Que do Boston College, Krishnan Rajagopalan e Tauhid Zaman do MIT tentaram entender a manipulação da informação no Twitter. A estratégia usada poderia ser aplicada por campanha de marketing e publicidade, observando fatores que levam alguém a seguir o outro na rede social chamado de ‘Problema de Rastreamento.’ Na prática criaram seis contas e de acordo com o conteúdo pareceu artistas marroquinos e pesquisaram twitts que mencionavam ‘Marrocos’ e ‘arte.’Separaram mais de 100 contas e buscaram interagir com elas retwittando uma de suas mensagens, seguindo-as ou respondendo ao lado de uma conta controle que twittava conteúdo próprio. A partir daí mediram a taxa de conversão ou a probabilidade de outras contas seguirem os artistas. Um retwitt possui taxa de conversão de 5% ou 5% das contas que retwittaram os seguiram de volta, além do que uma conta possui a taxa de conversão de 14%, enquanto seguir e retwittar possui taxa de conversão de 30%. O efeito combinado de duas interações é maior que os efeitos individuais, daí concluem que pessoas influentes não são apenas alvo de hackers mas também pessoas que seguem.
A pesquisa sobre folow-back ou segmento buscou compreender quais caracteres comportamentais e de rede afetam a probabilidade de alguém seguir determinada pessoa. A manipulação da informação no público alvo pelas contas artificiais gera vácuos impactando na compreensão dos eventos, suas ações e consequências. O problema do usuário se conectar e seguir contas implantadas na rede social a serviço de grupos de interesse ou compartilhando conteúdos de influência, visa obter o máximo de seguidores se relacionando com o tamanho da vizinhança, quer dizer, seguidores e seguidos. Daí grupos de pensamento e governos buscarem na rede propaganda com objetivos de recrutar novos membros a desestabilizar seus desafetos por conta de determinada ideia básica, ou, a passividade do usuário no limitar a ação de massa muitas vezes comandada por robot.