A Deutsche Energie-Agentur, conhecida como DENA, grupo governamental responsável pela inovação energética na Alemanha, procura mover seu ecossistema de energia à banco de dados descentralizado. Ao lado de 20 outras entidades de criptografia e blockchain, o Energy Web construirá um banco de dados de recursos de energia distribuída para a Alemanha a pedido da DENA. O chefe de relações públicas da Parity Technologies, uma das empresas envolvidas no projeto da DENA, argumenta que “o conceito de microrredes ou redes de energia menores e descentralizadas melhorando resiliência de geração, armazenamento e distribuição de energia, tem sido foco à indústria de energia e não nos surpreendamos com abordagens descentralizadas semelhantes exploradas no mercado de energia,” acrescenta que “o projeto permite que ativos de energia alemães, como termostatos, sistemas solares fotovoltaicos, baterias e estações de carregamento de veículos elétricos, realizem o registro automático com um registro descentralizado de identidades, permitindo utilização pela rede alemã à serviços como usinas de energia virtuais e regulação de frequência.”
O sistema operacional de código aberto descentralizado em blockchain da Energy Web, chamado EW-DOS, construído à próxima geração de ecossistemas de energia, é componente chave do modelo de teste do novo banco de dados descentralizado. O projeto utiliza vários blockchains incluindo tecnologia do protocolo KILT e substrato de paridade que vêm respectivamente do BOTLabs e da Parity Technologies. O novo projeto segue o início do Future Energy Lab, mudança ampla e recentemente anunciada da DENA, que visa desenvolver três iniciativas ou “um livro de identidade da máquina blockchain (BMIL), uma visualização de emissões de CO2 e um registro de contrato inteligente”.
Moral da Nota: ainda no quesito descentralização a Ocean Protocol, Jornal Oficial da União Europeia, publicou edital de contratação de fundação cingapuriana sem fins lucrativos para criar rede descentralizada para o Bundesbank alemão. Segundo o banco central é um projeto escolhido mesmo com “falta de concorrentes comparáveis” cujo objetivo é estabelecer “abordagem de rede descentralizada, permitindo acesso permanente e simétrico aos dados, à realização de atualizações em tempo real das estatísticas e preservando soberania dos dados”. Em paralelo, o banco central alemão considera alternativas à CBDC já que Burkhard Balz, membro do conselho executivo do banco central do país, disse que era crucial construir ferramentas para restringir a forma como o euro digital é usado no lançamento. Caso a moeda digital tenha características de dinheiro tradicional, segundo Balz, os depositantes podem retirar seus fundos em tempos de crise convertendo-os em euros digitais, “podendo levar à desintermediação estrutural do setor bancário e, como consequência, prejudicar a oferta de crédito bancário à economia”. No entanto, Balz em sessão parlamentar disse que criptomoedas não eram atualmente uma ameaça à estabilidade financeira, podendo ser perigosas se "estiverem fora do escopo da autoridade reguladora ou onde houver uma ausência de padrões internacionais.