Oklahoma ganhou US$ 572 milhões em juízo contra a Johnson & Johnson, considerada pela promotoria como “incômodo público” e um “chefão” opiáceo por contribuição imprudente à crise opióide do estado, além de táticas de marketing minimizando riscos de substâncias extremamente viciantes. Na lista da mega corporação estão o Tylenol, subornos e propinas no mundo sendo a empresa não estranha no meio jurídico. O processo pedia US$ 17 bilhões em indenizações e acordos com a Purdue Pharma de US$ 270 milhões e a Teva Pharmaceutical de US$ 85 milhões, mostram resposta jurídica forte considerando uma grande empresa farmacêutica legalmente responsável pelo problema dos opiáceos nos Estados Unidos.
Anualmente a Johnson gasta US$ 6 milhões com lobby influenciando desde a política legal até os estudos sobre drogas, além de 37 congresssistas acionistas. A empresa é membro da American Tort Reform Association (ATRA), defensora da Lei de 2005 de Equidade de Ação Coletiva, que tirou críticas dos críticos impondo restrições a indivíduos que buscam recursos legais contra empresas por meio de ações judiciais coletivas. No caso de Oklahoma, de acordo com o procurador geral Mike Hunter, a cautela erodida sobre opióides contribuiu à 6 mil mortes relacionadas desde 2000.
Moral da Nota: nas alegações o juiz declara que “entre outras coisas, a Johnson & Johnson enviou representantes de vendas aos consultórios médicos de Oklahoma distribuindo mensagens enganosas, disseminando panfletos à pacientes e médicos, cupons e outros materiais impressos publicitando erroneamente suas drogas na internet.” Além disso o processo constata na decisão que a empresa criou problema onde não havia, encorajando prescrição excessiva de opiáceos para dor crônica. A Johnson & Johnson faturou em 2018 US$ 81,6 bilhões com patrimônio líquido de US$ 337,1 bilhões.