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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

E-commerce e mineração

A Vale investe em novas tecnologias potencializando vendas de minério de ferro no mercado internacional abrindo canal através do WeChat, a mais recente inovação da área comercial da empresa. A Reuters avisa que lançado na China, o Mini, Programa WeChat de Transação Spot de Minério de Ferro, comercializou 71 mil toneladas do Brazilian Blend Fines, BRBF. O WeChat é aplicativo de mensagens e pagamentos popular na China, contando com mais de 1 bilhão de usuários no mundo e, de acordo com a Vale, a ferramenta proporciona processo de negociação padronizado e seguro com todas etapas conduzidas on-line pelos clientes. A negociação fica registrada em banco de dados permitindo verificação do histórico completo das transações através de smartphone, a qualquer hora e em qualquer lugar, funcionalidade semelhante à oferecida pela blockchain. Disponível desde 2020 as transações na blockchain movimentam somas expressivas, na mais recente, a Vale vendeu 300 mil toneladas de minério de ferro se posicionando “para abraçar a tendência de digitalização oferecendo maior transparência, eficiência e segurança à Vale e aos clientes”.

Na linha do e-commerce atacadista, a Mitsubishi Corporation, MCA, comprou metais no Peru usando ativos digitais com Blockchain no valor de US$ 43 milhões. Cerca de 90 países e regiões onde a MCA está estabelecida operando como responsável por realizar a compra através da Silicon Valley, Califórnia, sede que funciona como centro inovador se dedicando especificamente a pesquisa e testando novas tecnologias e empresas no avanço e crescimento digital. O ativo digital fornecido ao pagamento foi o Distributed Ledger Payment Commitment, DLPC, seguido no processo de emissão e download por Skuchain, que posteriormente foi encarregado de dar ao Mizuh Bank voto seguro para liberar o pagamento final. O Skuchain é blockchain que opera nos EUA, Ásia e Europa inserido no mundo da mineração, agricultura, automotivo, alimentos e eletrônicos. A Bankers Association for Finance and Trade, BAFT, trabalha no desenvolvimento do ativo digital Distributed Ledger Payment Commitment, DLPC, que chegou ao mercado em 2020 e, de acordo com o portal BAFT, tem “padrão global à compromisso de pagamento usado em qualquer rede blockchain operando em todas as redes". A Mitsubishi Corporation busca incorporar o Suchain nas transações, bem como convidar clientes se aventurarem no ambiente blockchain e substituir os métodos de pagamento tradicionais, proporcionando mais comercialização e liquidação à empresa, uma vez que aproveitam recursos de capital armazenado nas entidades financeiras. A Mitsubishi e a Skuchain trabalham juntas no mundo dos metais com blockchain e, em 2020, lançaram plataforma para digitalizar comércio de metais, "construída na plataforma Skuchain EC3 para gerenciamento da cadeia de suprimentos e finanças baseadas em blockchain".

Moral da Nota: a Vale projeta crescimento das vendas através de meios de pagamento digitais, embora as transações representem fatia pequena do faturamento da empresa sem metas definidas nessa modalidade de comercialização. Pesquisa da Accenture, empresa internacional de consultoria, indica que a adoção de plataformas de e-commerce e digitalização são tendência entre as indústrias de mineração e metais, promovendo desburocratização nos processos comerciais, diminuindo o papel dos intermediários e potencializando oportunidades de negócios no mundo. A Vale se associou ao HSBC Brasil na emissão de Cartas de Crédito blockchain à exportação de minério de ferro à China, transação finalizada com sucesso em menos de 24 horas sendo que a mesma operação conduzida de modo "analógico" levaria 10 dias para ser completada. 

Em tempo: sempre bom lembrar que nosso maior financiador agrícola é o Banco do Brasil, que deveria ser desafiado construir plataforma e-commerce atacadista agrícola inserida na blockchain, mitigando cartelização da economia impulsionando o pequeno e o médio agricultor.