O governo da Nova Zelândia propôs tributar gases de efeito estufa que os animais de fazenda produzem ao eructar e urinar, parte do plano de combate das mudanças climáticas, explicando que a taxa agrícola seria a primeira do mundo e que os agricultores deveriam poder recuperar o custo cobrando mais por produtos ecológicos. A Federated Farmers, principal grupo de lobby do setor, explica que o plano “arrancaria entranhas da pequena cidade da Nova Zelândia” e veria fazendas substituídas por árvores e que os agricultores trabalham com o governo há mais de dois anos em plano de redução de emissões que não diminuiria a produção de alimentos. A Nova Zelândia possui população de 5 milhões de habitantes e 10 milhões de bovinos de corte e leite e 26 milhões de ovelhas, sendo que a indústria agrícola é vital à economia cujos produtos lácteos, incluindo os usados para fazer fórmulas infantis na China, são os maiores exportadores do país. Cerca de metade das emissões de gases efeito estufa na Nova Zelândia vêm de fazendas principalmente metano da eructação do gado e óxido nitroso da urina. O governo neo zelandês prometeu reduzir emissões de gases efeito estufa e tornar o país neutro em carbono até 2050, sendo que parte desse plano inclui promessa de reduzir as emissões de metano de animais de fazenda em 10% até 2030 e em até 47% até 2050.
Já o Canadá, à medida que dobra esforços em reduzir emissões de metano, especialistas dizem que um dos obstáculos mais complicados no caminho é a eructação bovina, sendo a carne bovina desafio maior que o petróleo e gás quando se trata de combater emissões de metano que responde por 13% das emissões de gases efeito estufa nacional , mas, por ser melhor que o CO2 na retenção de calor acredita-se que responda por pelo menos um terço do aquecimento global registrado, tornando-o alta prioridade a governos que buscam cumprir compromissos com mudanças climáticas. No Canadá, 43 % das emissões de metano vêm da indústria petroleira e de gás e o governo estabeleceu regulamentos para reduzir emissões de metano da indústria de petróleo e gás em 40 a 45 % em relação aos níveis de 2012. 2025. Avisa que o foco é alinhar à recomendação da Agência de Energia que o metano da indústria de petróleo e gás deve ser reduzido em 75% em relação aos níveis de 2012 até o final desta década, no entanto, a agricultura não possui regulamentações ou metas federais em vigor apesar da indústria responder por 24% das emissões de metano do Canadá. O metano é subproduto da digestão do gado, significando emissão à atmosfera sempre que uma vaca de corte ou leiteira libera gases, diverso do petróleo e gás cuja tecnologia de detecção e reparo de vazamentos ajuda na redução das emissões de metano. Entre 1981 e 2011, a indústria de carne bovina canadense reduziu a intensidade de emissões de gases efeito estufa em 15%, segundo a gerente da Canfax Research Services, braço de pesquisa do grupo industrial The Canadian Cattlemen's Association, melhorias, em parte devido a otimização na qualidade e eficiência alimentícia. Em 2021 a indústria de carne bovina estabeleceu meta de reduzir emissões de gases efeito estufa da produção primária em 33% nos próximos 10 anos, meta, que reconheceu ambiciosa.
Moral da Nota : o Canadá confirmou seu apoio ao Global Methane Pledge, em reduzir emissões globais a 30% abaixo dos níveis de 2020 até 2030, iniciativa, liderada por EUA e Europa, lançada na cúpula climática da ONU na Escócia. O metano responde por 30% do aumento global das temperaturas e meio milhão de mortes prematuras no mundo anualmente, além de 13% das emissões de gases efeito estufa do Canadá. O país se compromete desenvolver plano para reduzir emissões de metano na economia em 75% abaixo dos níveis de 2012 até 2030, sendo o primeiro e único apoiar o Compromisso e a meta de 75% em abordagem por regulamentos. A Agência Internacional de Energia deixou claro que reduzir emissões de metano das operações de petróleo e gás representa oportunidade de curto prazo para limitar impactos das mudanças climáticas. Em 2016, o Canadá estabeleceu meta de reduzir emissões de metano do setor de petróleo e gás em 40-45%, tornou-se um dos primeiros países a regular emissões de metano do setor de petróleo e gás em nível nacional. O metano é gás efeito estufa e poluente climático de vida curta com 86 vezes o poder de aquecimento do CO2 em um período de 20 anos após ser lançado na atmosfera, responde por 17% das emissões globais de gases efeito estufa das atividades humanas, principalmente setores de energia, agricultura e resíduos.