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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Geopolítica e blockchain

A tensão geopolítica China/EUA atinge ponto de inflexão decorrente a inclusão de criptomoedas e tecnologia de contabilidade distribuída, de certa forma, fatores com grande incluência na hegemonia do dollar. Por sua vez, diferente de épocas passadas, a atual questão não é ideológica mas busca por hegemonia econômica envolvendo corporações americanas com interesses no país asiático. A China anda a passos largos em tornar-se o principal provedor de serviços para aplicativos descentralizados, Dapps, utilizando ferramentas como blockchain, envolve Google e Amazon na sua luta contra a hegemonia americana em seu projeto Blockchain. O país asiático projeta iniciativa de infraestrutura baseada em DLT denominada BSN (Rede de Serviços Blockchain), visando integrar outros provedores de serviços de Internet para Dapps. De fato, os chineses pretendem transformar esse serviço em sua própria versão da Internet usando diferentes conceitos tecnológicos, depois exportar e espalhar ao resto do mundo.
Entregando nível incomum de segurança aos usuários da Internet, designers da Dapp se colocam em posição de acessar serviços da BSN (Rede de Serviços Blockchain) com mais facilidade, transparência e rapidez, utilizando Data Centers Blockchain próximo a eles, um dos motivos pelos quais Data Centers ultramarinos são vitais em oferecer serviços de Internet ao mercado mundial Blockchain. Projetos Blockchain, incluindo a BSN, com nível incomparável de segurança, transparência e integridade aos usuários e ao mercado em geral, acarreta risco real tecnológico já que é o primeiro projeto desse porte podendo ser vetado pela política. Os americanos podem querer banir a BSN do mesmo modo que baniram iniciativas chinesas como o principal fornecedor da Huawei, TSMC, etc. Para desenvolver a BSN, os chineses se voltam aos gigantes da tecnologia americana como Microsoft, Google, Amazon AWS e etc. O projeto possui Data Center em Tóquio, Google Cloud, Microsoft em Joanesburgo e dois outros da Amazon Web Service na Califórnia e Paris, tornando a competição entre os dois países no mínimo curiosa. Para superar os EUA, os chineses empregam assistência das maiores corporações americanas.
Moral da Nota: a iniciativa chinesa buscando superar a hegemonia americana como nação líder do mundo, encontra impassse na Guerra Comercial entre os dois países. A competição vai além da economia, envolve telecomunicações 6G, inteligência artificial, educação, internet das coisas, etc. O marco desta competição é o lançamento da moeda digital do Banco Central Chinês, CBDC, e consequente a digitalização global o interesse pela tecnologia aumentou com o país que primeiro implementá-la adquirir vantagem na arena global. A República Comunista, ou nem tanto, ou comunismo de interesse, ou de resultado, envolveu em testes com yuan digital algumas das mais emblemáticas marcas americanas incluindo McDonald's e Starbucks, portanto, as duas maiores economias do mundo ainda vêem meios de cooperação apesar de questões políticas, ou, apenas a China luta com Trump e não os EUA em geral com os chineses.