A quebra ou descontinuação de processo estabelecido é o que chamamos de disrupção, quer dizer, interrompe o curso natural de algo. Em tecnologia considera como disruptivo a inovação e no caso da indústria de alimentos, a tecnologia verde é alternativa à poluição gerada pelo dia a dia dos negócios alimentares. Neste conceito, startups são alternativa à poluição ambiental gerada pela indústria de alimentos com soluções inovadoras ao desperdício. A indústria alimentícia é ineficiente e a demanda por alimentos à 7,8 bilhões de pessoas matando vidas à medida que espécies se tornam funcionalmente extintas, quer dizer, 60% da perda de biodiversidade se deve ao uso da terra na produçãop de alimentos à animais de fazenda. Um terço dos alimentos produzidos para consumo são desperdiçados ou 1,3 bilhão de toneladas/ano, liberando 3,3 bilhões de toneladas de CO2 à medida que se decompõe em aterros sanitários.
Neste conceito, a Goterra, australiana de biotecnologia, cresce no gerenciamento de 10 toneladas, a caminho de 45 mil, de desperdício de alimento/semana e em 2021 tornar-se-á global. Através do desenvolvimento de cápsulas automáticas autônomas, preenchidas com larvas de mosca do soldado negro que comem restos de alimento produzindo como subproduto fertilizante, excrementos e os vermes que se tornam ração animal. As cápsulas instaladas em locais com altos níveis de resíduos alimentares, sendo clientes da Goterra fazendas, restaurantes, hotéis, supermercados, hospitais e municípios do governo australiano. A Better Origin é startup apoiada pelo governo do Reino Unido, desenvolve minifazendas de insetos gerenciadas por IA, transformando resíduos alimentares em ração para aves. Em semanas as larvas crescem 5 mil vezes seu peso produzindo alimentos de alta qualidade para insetos em mercado de 1 bilhão de libras no Reino Unido e 130 bilhões de libras globalmente. Por fim a Apeel Sciences, startup unicórnio lançada em 2012, atraiu patrocinadores como a firma de capital de risco Andreessen Horowitz e Oprah Winfrey. Sediada na Califórnia anuncia alternativa sustentável aos alimentos embalados em plástico através de revestimento comestível, insípido, a base de materiais vegetais, Apeel, fazendo abacates e frutas durarem o dobro do tempo. A solução conquista supermercados de massa através de fórmula de cobertura comestível diferenciada no mercado de morango, manga, maçã, banana, frutas cítricas e aspargos.
Moral da Nota: a digitalização e novos recursos técnicos confunde limites entre setores tradicionais, com a Mckenzie projetando que 25% ou mais da receita em todos os setores vem da venda cruzada e fusão de vários setores, modelo de negócios que deve crescer. O ímpeto da transição à economia circular e urgência da crise climática, além de sinais de futura indústria de alimentos, significativamente diferente da prática atual começa despontar no horizonte.