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sábado, 3 de julho de 2021

Gregária do deserto

Relatório da FAO aponta que além dos gafanhotos devorando plantações e pastagens na África Oriental e sul da Península Arábica, soma-se nova calamidade na África do sul, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, ou, a lagosta vermelha. O Nomadacris septemfasciata e Locustana pardalina, gafanhotos vermelhos e marrons, são espécies diferentes embora vorazes e destrutivos quanto a Schistocerca gregaria do deserto, que em 2020, atormentou pastagens e plantações do leste e oeste África e Iêmen convergindo fronteiras dos países afectados no primeiro trimestre de 2020 e coincidindo com a chegada da pandemia. Os gafanhotos são pragas mais destrutivas do mundo e, um enxame de um km², contém milhões de insetos que viajam dezenas de kms/dia devorando plantações que alimentariam 35 mil pessoas. Surtos de gafanhotos vermelhos no sul da África são menores que os de seus primos do deserto, mas “comem todo o verde que encontram e não deixam nada para trás". A FAO informa que os países mais afetados fazem esforços de pulverização com pesticidas, emergência regional limitada, pois o gafanhoto se espalha levando fome às nações. São praga milenar assolando agricultura e, nos últimos tempos, 60 países são afetados principalmente na África e sul da Ásia, entre os mais pobres do mundo.

Já a praga da lagosta, segundo a FAO, ameaça o abastecimento de alimentos à sete milhões de pessoas nesses quatro países, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe que se recuperam de severa seca sofrida em 2019. A FAO lançou plano de apoio em fumigações a custo de US$ 500 mil, mas “algumas áreas afetadas são de difícil acesso e outras sensíveis do ponto de vista ecológico”. O Delta do Rio Okavango em Botswaana, rico em vida selvagem e área de criação de lagosta, busca por pesticidas ecológicos.

Moral da Nota: a tecnologia impacta no enfrentamento de tais desastres, mas não é panacéia a todos os males estando inserida no conceito de Roy Charles Amara, pesquisador e cientista, enfatizando tendência humana em superestimar seus efeitos no curto prazo e subestimar no longo prazo, conhecido como Lei de Amara. Ao afirmar que qualquer tecnologia gera expectativas em primeiro momento, seguindo-se ao abismo da decepção, acaba pós certo tempo, na consolidação e  produtividade. A Lei de Amara cumpre-se perfeitamente no fenômeno universal das pragas através da contabilidade distribuída, contribuindo, sustentando e impulsionando evolução e mudança via descentralização de processos de intermediação e rede de nós que a configura. Nascendo do 'Bitcoin' como software de referência, Bitcoin Core, em artigo mencionado na lista de discussão de criptografia metzdowd.com, o conceito original de 'blockchain' remonta 1991, período que "timestamps digitais" foram discutidos pela primeira vez. Um "blockchain" é banco de dados com informações agrupadas em blocos relacionadas a outro bloco da cadeia anterior e adicionadas em linha do tempo. A informação do bloco só pode ser rejeitada ou editada modificando todos os blocos subsequentes, nada mais que um banco de dados especial com planilha duplicada milhões de vezes na rede de computadores. Ao adicionar a alteração, esta não pode ser editada ou excluída, apenas retificada com outra alteração posterior rompendo o modelo tradicional de bancos de dados centralizados.