Na era Trump houve pequeno declínio nos EUA nas emissões de gases efeito estufa, no entanto, é falsa a alegação do presidente americano que “temos agora o carbono mais baixo. Se olhar nossos números, estamos com um desempenho fenomenal” por conta da maioria das medidas implementadas. Na era Obama as emissões de CO2 na queima de combustíveis fósseis e a produção de cimento caíram 11%, enquanto o carvão na produção de energia primária diminuiu 38% e a geração renovável aumentou 44%. As emissões de CO2 na era Trump caíram 0,5%, enquanto o carvão na produção de energia primária caiu 3% e as energias renováveis aumentaram 11%. As emissões de CO2 diminuíram em 2017, subiram em 2018, caíram em 2019, esperando que caiam em 2020 refletindo a redução da atividade econômica pela pandemia.
As eleições de novembro nos EUA encontram um país marginalmente menos poluente que quando Trump assumiu o poder, sendo que as emissões caíram mais lentamente com Trump em relação a Obama comparadas a economias como a UE e Japão que reduziram mais rapidamente suas emissões. Os EUA continuam como o segundo maior emissor do mundo de gases estufa e o maior emissor histórico, sendo que a pegada de carbono do americano médio é o dobro de um chinês ou da UE e oito vezes de um indiano. Per capita, é o décimo maior poluidor atrás de estados do Golfo, Austrália e Canadá, ao passo que o americano médio emite 16,56 toneladas de CO2/ano. Em 2019, segundo a US Energy Information Administration, as emissões de CO2 dos EUA foram as mais baixas desde 1992 e as emissões/capita foram menores em qualquer momento desde 1950. Segundo o IEA a redução de 2019 foi resultado da substituição do carvão por gás fóssil de queima mais limpa e um verão e inverno amenos com menor uso de ar condicionado e aquecimento. Sob o Acordo de Paris em 2015, Obama comprometeu reduzir nos EUA as emissões de gases estufa de 26 a 28% até 2025, em relação aos níveis de 2005. Em 2019 as emissões caíram 12% em relação aos níveis de 2015.
Moral da Nota: a redução das emissões de Trump estão fora do ritmo necessário ao cumprimento das metas americanas climáticas em manter o aquecimento global entre 1,5ºC ou 2ºC conforme o Acordo de Paris. Históricamente os EUA são responsáveis por mais emissões de CO2 que qualquer país, o maior emissor entre meados do século 19 e 2005 quando foi ultrapassado pela China, hoje, são o segundo maior poluidor em termos absolutos. Aqui, não entram emissões embutidas na comercialização ou produção de bens na China e consumidos nos EUA, contando apenas emissões da China ajustadas à emissões de consumo em vez de produção, o que faz a diferença per capta entre EUA e China aumentar mais.
Arrematando: a solução KPMG Airs Blockchain ajuda empresas compensar emissões de carbono com patente pendente destinada a medir, relatar e compensar emissões de gases estufa. A empresa descreve sua Infraestrutura de Contabilidade Climática, CAI, como plataforma transparente oferecendo às empresas meio de rastrear emissões. O CAI complementa sistemas de uma organização, incluindo sensores IoT com fontes de dados externas, definindo registro indelével de emissões na blockchain. Chega no momento que investidores ampliam o escopo além de "fatores financeiros" incluindo práticas de governança corporativa e social, com a infraestrutura climática "crítica" em atender expectativas das partes interessadas. A KPMG trabalha com a empresa de visualização de dados blockchain Context Labs, a empresa de software Prescriptive Data e a Allinfra apoiada pela ConsenSys, empresa blockchain que trabalha em infraestrutura de compensação de carbono.