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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Agronegócio blockchain

O Agronegócio e as industrias brasileiras buscam implementar blockchain, do suco de laranja ao algodão, obtendo maior controle do processo produtivo e reforçando práticas de sustentabilidade na cadeia de produção. A Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja, focada em práticas sustentáveis, alavanca blockchain que controla todo o processo, da colheita, processamento nas fábricas e transporte ao supermercado. O diretor agrícola da empresa avalia que atende à crescente demanda dos consumidores, sobretudo europeus e americanos, “mercados exigentes e a certificação valida práticas ambientais”. Os produtores de algodão em parceria com indústrias têxteis no Programa Sou ABR, Algodão Brasileiro Responsável, reune informações sobre origem e fabricação dos produtos com blockchain na cadeia de produção e, segundo o Globo Rural, envolve a Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, grupo carioca Reserva, grupo AR&CO e Renner.

No rastreamento de atum a iniciativa brasileira OpenTuna foi vencedora do Tuna Awards 2021 na categoria Sustentabilidade, pioneira no Brasil na utilização blockchain no rastreamento da cadeia de pesca do atum, com o prêmio dividido em duas categorias, transição 4.0 e Sustentabilidade, reconhecendo projetos de desenvolvimento sustentável que promovam a sustentabilidade ambiental. A OpenTuna é projeto ligado à Tuna Intelligence, braço da Stonoex no setor de pescado, promotor de sustentabilidade na pesca de atum através da modernização da coleta de informações, transparência e adoção de medidas melhorando práticas a bordo com tecnologia blockchain. Impulsionada pela AAAS, Aliança do Atlântico ao Atum Sustentável, conta com a parceria da Oceana, Global Fishing Watch, Projeto Albatroz, Fundação Pró-Tamar, Universidade Federal Rural de Pernambuco e Paiche. A sustentabilidade na pesca de atum remete a 2019 com a criação do sistema digital para coleta e sistematização dos dados de capturas de espécies e locais de pesca, lançado em abril de 2021, disponível pela internet com dados de 14 embarcações da frota de espinhel, modalidade que usa um aparelho de pesca formado por uma linha principal, linhas secundárias e anzóis onde são colocadas as iscas. O site da iniciativa foi desenvolvido pela Oceana e Global reunindo mapas de bordo das embarcações vinculadas ao projeto, com áreas de pesca e a atuação da frota participante do OpenTuna voluntariamente aberta pelos empresários e disponibilizadas no mapa da Global Fishing Watch, que mostra dados de movimento dos navios de pesca comercial do mundo e, através do aprendizado de máquina, identifica mais de 65 mil embarcações de pesca incluindo tamanho, tipo, potência do motor e esforço de pesca. A iniciativa planeja desenvolver novas configurações de negócios com estratégias de comercialização e distribuição de pescado, incluindo rastreabilidade dos produtos ao longo de toda a cadeia e consolidar imagem pública à iniciativa, assumindo com o consumidor compromissos de sustentabilidade, dialogando com ele e criando demanda estável à produtos com essas características.

Moral da Nota: a Marfrig, Líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, adota blockchain garantindo cadeia produtiva do gado livre de desmatamento, conectando-se com fornecedores diretos e indiretos com mais segurança e transparência. O sistema Conecta, pensado em parceria com a Safe Trace, CPQD, TNC e Amigos da Terra à realidade dos parceiros da Marfrig, faz parte do plano Marfrig Verde+ lançado em 2020, visando garantir que 100% da cadeia de produção da empresa seja sustentável e livre de desmatamento até 2030, aliando produção, conservação e rentabilidade. A plataforma Conecta se divide em duas ferramentas, o Conecta Mobile, aplicativo que o produtor pode gerir as propriedades no celular e o Conecta Web, site onde o produtor, a Marfrig e parceiros escolhidos pelo produtor, consultam dados enviados e certificados, apoiando o produtor em soluções de eventuais pendências. Por fim, o Carrefour expande blockchain no rastreamento de alimentos in natura e, segundo a empresa, o produtor recebe o convite para baixar o aplicativo e se cadastrar, na sequência inclui dados da propriedade e rebanho como certificados de nascimentos, mortes e vacinação dos animais, além de convidar fornecedores e registrar compras, vendas e outras operações.