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domingo, 10 de maio de 2020

Poluição congênita

Reportagem do Guardian indica que cientistas da Universidade de Hasselt na Bélgica, detectaram partículas por milímetro cúbico de tecido em 25 placentas estudadas, algo já visto anteriormente, ou, nexo de causalidade entre exposição à poluição, aborto expontâneo, prematuridade ou baixo peso ao nascer. A idéia é que as partículas poderiam causar diretamente os eventos e não a resposta inflamatória da poluição nas mães. A pesquisa publicada na 'Nature Communications', analisou placentas de mulheres não fumantes habitantes de Hasselt, cidade com níveis de poluição abaixo do limite da UE e acima do limite da OMS, utilizando técnica a laser que detecta partículas de carbono. O grau de exposição à poluição foi de 20 mil/mm³ nas placentas de mães próximas das estradas principais e de 10 mil/mm³ nos casos em que residiam em zonas mais distantes. O exame dos abortos expontâneos indicou partículas presentes em fetos com 12 semanas. A pesquisa segue em curso pela análise de partículas no sangue fetal e verificação se provocam danos no ADN.
Já estudo na Índia, um dos países mais afetados pela poluição ambiental,  conclui que a inalação de partículas nocivas pode causar aumento na desmineralização óssea, câncer de pulmão, glaucoma, derrame e doenças respiratórias. A pesquisa desenvolvida pelo projeto CHAI e publicado no Jama Network Open, analisou 3.717 pessoas de meia-idade residentes em 28 aldeias no sul da Índia. Diz que a exposição por partículas finas PM 2,5 estaria associada a menor densidade mineral óssea na coluna vertebral, com parâmetros de exposição anual a poluentes de 32,8 µg/m3 excedendo os 10 µg/m3 da OMS. A pesquisa indiana obteve a aprovação ética do projeto chamado "Efeitos Cardiovasculares da Poluição do Ar em Telangana, Índia", do Parc de Salut Mar, Espanha, da Fundação de Saúde Pública da Índia e do Instituto Nacional de Nutrição da Índia. No entanto o pesquisador do ISGlobal e principal autor do estudo, disse que os resultados carecem aprofundamento pois não existem pesquisas suficientes da relação entre poluição atmosférica e piora da saúde óssea.
Moral da Nota: a ONG 'Save the Children' avaliando impactos de temperaturas extremas, inundações e poluição, alerta que 4 em cada 5 mortes relacionadas à mudanças climáticas são em crianças. Acrescenta que mais de 600 milhões de crianças vivem nos 10 países mais vulneráveis à alterações climáticas e sujeitas aos danos do efeito estufa, desde poluição ambiental, falta de acesso a água potável, doenças como malária, diarréia e insegurança alimentar.