A Eletrobras busca construir blockchain próprio ao publicar edital para criação de “bases de dados de registros distribuídos, Blockchain,” com intenção de criar rastreabilidade ao Selo Procel de Economia de Energia, “simplificando o processo de concessão”. O Procel é um selo criado em 1993 buscando aumentar eficiência energética no mercado brasileiro, concedido a produtos que consomem energia de modo eficiente em sua categoria, envolvendo esforço conjunto de órgãos governamentais como Inmetro, fabricantes, Eletrobras, universidades e laboratórios responsáveis por testes. O Procel , segundo a Eletrobrás, estuda modo mais eficiente de tratar a administração e governança de dados distribuídos em rede compartilhada, analisando a cadeia do registro, tecnologia Blockchain de base de dados de registros distribuídos do tipo permissionada, que melhor atende às necessidades do processo.
A blockchain será construída sem controle do sistema pelos participantes, permitindo auditabilidade, transparência e escalabilidade dos dados, garantindo autenticidade nas publicações do Procel além de flexibilidade à adição de novas funcionalidades. A empresa de sociedade mista quer expandir o projeto para englobar integração com IoT e verificação de equipamentos pelos usuários, através de sensores integrados ao sistema para aferições de equipamentos e conscientização do usuário com interfaces de resposta pela demanda. Pelo novo sistema, procura melhorar a imagem com o público ao aumentar a transparência e confiabilidade provendo ao consumidor informação fidedigna, adequada e confiável, via percepção do Procel como programa de vanguarda tecnológica.
Moral da Nota: a tecnologia avança em corporações como a Siemens, que trabalha de processos industriais, geração e transmissão de energia, a tecnologias de diagnósticos médicos. Na transmissão de energia, responde pela distribuição de energia na União Europeia, tornando o sistema mais eficiente e resistente a ataques, neste foco, comprou a empresa LO3, startup que desenvolve sistemas P2P para distribuição, venda e coleta de energia e criar microredes geridas por blockchain chamada Exergy. A Pfizer no setor farmacêutico, só em 2016 lucrou mais de US$ 7 bilhões e através da Chronicled, projeto para trazer blockchain, IoT e IA à cadeia de suprimentos, em linha com a FDA que proibiu a importação de insulina para o território norte-americano, pois qualquer mudança de temperatura pode afetar a efetividade do medicamento, daí, a utilização IoT e blockchain garantindo integridade dos medicamentos na supply chain. O Banco Santander, 31° maior empresa pública do mundo e uma das mais envolvidas no desenvolvimento de soluções blockchain, participa do consórcio DLT do Santander, o R3, ao desenvolver o primeiro aplicativo de pagamentos usando a rede Ripple Xcurrent além da disponibilidade do Santander One Pay Fx no Reino Unido para IOS. A Microsoft através da Azure possibilita construir aplicações blockchain patrocinando o desenvolvimento do Ethereum e conferências sobre criptomoedas, fazendo parcerias com projetos de blockchain. Por fim, o maior banco do mundo aporta 70 bilhões de dólares no desenvolvimento de tecnologias de Blockchain e IoT em 12 projetos que vão de pagamentos internacionais, moedas digitais, pagamentos de contas e compartilhamento de dados.