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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Perspectivas

Negociações da COP vão além de simples acordos, abordam como equilibrar o crescimento, necessidades energéticas e responsabilidade climática, pede-se proteção das florestas e da Amazônia como esforço da crise do clima, todos, ou, quase todos, estarão lá, ciente que o termo “COP” significa Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, UNFCCC, reunião anual de quase todos os países do mundo para negociar como responder às mudanças climáticas. Em cada reunião da COP, analisam o que foi feito, o que precisa ser feito e como financiar esforços para reduzir emissões, adaptar-se aos impactos climáticos e apoiar nações vulneráveis, esperando-se que impulsione esforços, visto que a convenção ocorre em momento que os impactos climáticos são sentidos no mundo, com mortes e destruição. Priorizar adaptação climática, garantir fundos aos países em desenvolvimento no agravar da crise, reduzir emissões e proteger florestas e lançar o fundo florestal global, projeto do Brasil buscando arrecadar US$ 125 bilhões para apoiar conservação de florestas. Em meio à cruzada contra a Ciência Climática e esforços do 3º país maior poluidor contra as mudanças climáticas, norte decidiram e argentinos preferem não participar da convenção deste ano. Com isto, preferem não abordar a questão de como equilibrar o crescimento, necessidades energéticas e responsabilidade climática, buscando equidade dos encargos em que prioridades de países em desenvolvimento deverão ser respeitadas e mecanismos financeiros criados à permitir que façam transição sustentável, cujo resultado afeta acesso a financiamento, inovações e espaço global no desenvolvimento em conjunto contra questão singular, ou, a mudança climática.

O relatório 2025 "10 Novas Perspectivas na Ciência do Clima", clama por resultado, o mundo não pode dar-se ao luxo de promessas sem ações, publicado anualmente e coordenado pela Future Earth, Estocolmo, resume descobertas na ciência do clima e, às vésperas das cúpulas climáticas da ONU, desta vez COP30, Brasil. Alerta que sumidouros de carbono estão em limites críticos absorvendo menos emissões que o esperado à medida que décadas de mudanças climáticas enfraqueceram a capacidade em que projetos de remoção de carbono baseados na natureza, ou, plantio de árvores, estão em risco, significando que a confiabilidade e capacidade de armazenamento a longo prazo não são garantidas. Remoções de CO2 em larga escala são necessárias e, se não forem implementadas adequadamente,  ameaçarão segurança alimentar e biodiversidade, daí, o relatório adverte que metas climáticas globais podem enfrentar retrocesso, com evidências que estamos em urgência climática, significando que COP30 deve ser a COP da implementação, com Johan Rockström, cofundador do Centro, copresidente da Liga da Terra e membro do conselho editorial do relatório, diz que "não podemos nos dar ao luxo de fazer promessas sem cumpri-las”. Enfatiza que temperaturas recordes em 2023 e 2024, aquecimento acelerado dos oceanos e  pressão sobre ecossistemas e sociedades são sintomas da demora de decisões, relacionam novas descobertas a possível aceleração do aquecimento global, aquecimento acelerado dos oceanos intensificando ondas de calor marinhas, prejudicando ecossistemas e aumentando riscos de eventos extremos, além de pressão sobre sumidouros de carbono terrestres à medida que o planeta aquece, retroalimentação clima-biodiversidade, cuja perda de biodiversidade e mudanças climáticas reforçam ciclo desestabilizador, queda dos níveis de água subterrânea com esgotamento de aquíferos, aumento de riscos à agricultura e assentamentos urbanos, surtos de dengue impulsionados por mudanças climáticas decorrente condições favoráveis ​​aos transmissores com disseminação geográfica e intensidade da doença, impactando produtividade do trabalhador, redução nas horas de trabalho e da produção econômica, por fim, a ampliação da remoção de CO2 com foco nas emissões difíceis de reduzir e limitação da sobrecarga climática, além de desafios à integridade do mercado de carbono em busca de fortalecimento dos padrões e transparência no mercado voluntário de carbono visando benefícios de mitigação, combinação de políticas mais eficazes. Conclui que tudo decorre de uma causa fundamental, ou, incapacidade de reduzir  emissões na velocidade e escala necessárias, já que, a ciência é clara, com soluções e limitações conhecidas.

Moral da Nota: uma crise silenciosa acelera doenças neurológicas e declínio cognitivo, em que sintomas como dores de cabeça e dificuldade de concentração são relatados em hospitais e clínicas, embora sejam conhecidos perigos respiratórios e cardíacos da poluição do ar, pesquisas começam destacar preocupação menos discutida, igualmente séria, o impacto no cérebro. A poluição atinge níveis alarmantes principalmente em megacidades com o AQI, Índice de Qualidade do Ar, em muitos locais na categoria "muito ruim" com níveis atuais superiores ao considerado seguro pela OMS à PM2,5, com estudos  demonstrando que partículas finas, PM2,5, ou partículas microscópicas que podem penetrar nos pulmões e corrente sanguínea se associam ao declínio cognitivo, risco de demência e atrasos no desenvolvimento infantil. Estudo publicado na Frontiers in Neuroscience observa que a exposição prolongada a PM2,5 causa alterações estruturais no cérebro, inclui redução da integridade da substância branca, desequilíbrios de neurotransmissores e aumento da inflamação, fatores associados a distúrbios emocionais e cognitivos, enquanto, estudo publicado no JAMA Neurology relata que exposição a PM2,5 agrava danos cerebrais relacionados a Alzheimer, reforça preocupações que a poluição atmosférica crônica acelera envelhecimento neurológico. Preocupações comuns incluem crises agudas de enxaqueca, dores de cabeça persistentes, agravamento de condições de enxaqueca previamente controladas e episódios de tontura e fadiga mental, por conta da ação inflamatória do PM2,5 no organismo desencadeando inflamação e estresse oxidativo que podem danificar neurônios e vasos sanguíneos e, com o tempo, a exposição repetida ao ar poluído acelera declínio cognitivo e aumenta risco de doenças neurológicas, fazendo da poluição do ar questão ambiental e crise de saúde pública e cerebral. Por fim, estudos indianos observaram que mesmo pequenos aumentos na poluição do ar correspondem a quedas nas notas de matemática e leitura e maiores chances de reprovação escolar, conforme artigo publicado pelo Instituto de Crescimento Econômico, em idosos, essas alterações aceleram declínio cognitivo e aumentam risco de acidente vascular cerebral e demência. Crianças cujos cérebros estão em desenvolvimento, a exposição pode prejudicar atenção, capacidade de aprendizado e regulação emocional, essencialmente, a exposição repetida ao ar poluído não causa só desconforto a curto prazo, afeta silenciosamente desenvolvimento cerebral, envelhecimento cognitivo e saúde neurológica a longo prazo.