O ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, informa que 30 mil famílias de refugiados em média, recebem assistência em dinheiro via tranferência social para suprir necessidades básicas. Boletim da ONU informa que a crise na Síria impacta forte na Jordânia com segunda maior parcela de refugiados per capta do mundo, no total de 747.080 em setembro 2019 de 57 nacionalidades sendo 656.512 sírios, 67.286 iraquianos, 14.703 iemenitas e 16,5% do total geral vivendo em campos de refúgio. Isto é dito para compreender a força da tecnologia biométrica de varredura da íris, introduzida em 2013 como registro nos campos de refugiados no início do conflito sírio. O comunicado da ACNUR textualmente: "Quase todos os sírios registrados estão matriculados em biometria. Até 4 mil refugiados por dia podem ser processados no maior centro de registro urbano da região do Oriente Médio e Norte da África, MENA.
Além do registro há apoio psicosocial, assistência financeira emergencial aos sobreviventes de ataques sexuais e de gênero, quer dizer, violência pessoal. Segundo a ONU, tal empreitada só pode ser realizada pela parceria com ONGs locais em opções de saúde, abrigo e etc, além de atividades de prevenção, capacitação feminina, autodefesa e atividade de conscientização comunitária. A infra-estrutura elétrica desenvolvida nos campos de refugiados sírios da Jordânia, permitiu satisfazer necessidades de alimentação e iluminação segura e sustentável, em linha com a Jordânia ter meta de tornar-se em 2020 economia verde. O pais é o primeiro a possuir campo de refugiados totalmente movido a energia solar, inaugurado no campo de Azraq em maio de 2017 e no campo de Zaatari em fins de 2017, sendo que os dois campos economizam 6 milhões de dólares/ano em eletricidade. Tudo isto deve ser considerado num universo em que o refugiado chega sem documentos, nada material, em terra e lingua estranhas.
Moral da Nota: o dito acima é para ser pensado e tentar entender a questão da desenvolvimento social sob violência e pobreza. Todos sabem que o grande desafio do clima será nas grandes cidades e maior ainda nas favelas consequente ao binômio violência e pobreza; se a seca no campo quebra a produção, o impacto urbano é dez vezes maior. Podemos com facilidade dizer que a população de nossas favelas estão menos vulneráveis que a população de refugiados. Nessa ideia a Fundação Rockeller tenta através do desenvolvimento das cidades resilientes dar movimento econômico via criptomoedas, na busca por economia inclusiva, considerando barreiras da economia fiduciária. É hora de desenvolver projeto blockchain inclusivo, de registro, criptomoeda, comércio, microcrédito, economia circular, logística reversa e todas os conceitos que dêem vida econômica e social aos espaços menos privilegiados econômicamente.