A China cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Verde, que investirá em sua primeira fase em projetos e empresas verdes no valor de US$ 12,59 bilhões. Focado no investimento em programas estratégicos nacionais na região do rio Yangtze, com fundos levantados pelo Ministério das Finanças e pelo governo da cidade de Xangai, busca apoiar a "transformação verde" da economia chinesa fortalecendo o papel do mercado no combate à poluição. A diversificação das fontes de financiamento no programa ambiental chinês foca criar mecanismos de financiamento pagando o custo da limpeza do solo e água poluídos. Para o quatriênio 2016-2020 o governo chinês alocou 78,3 bilhões de yuans no combate a poluição da água, 97,4 bilhões de yuans na despoluição do ar e 28,5 bilhões de yuans na despoluição do solo, além de outros 20,6 bilhões de yuans no combate a problemas ambientais nas regiões rurais.
Na vizinha Rússia, consequente o gigantismo territorial e diversidade geográfica, os efeitos do aquecimento global são multifacetados e cada região vulnerável à seu modo. O aumento da temperatura média anual, especialmente no inverno e nas regiões norte é a tônica do efeito estufa russo. O Centro Climático de Roshydromet publicou modelos ilustrando os parâmetros que deverão mudar no próximo século, dependendo das emissões mundiais de gases de efeito estufa. No entanto, o que preocupa os russos é o derretimento do permafrost (terras eternamente geladas), cobrindo dois terços do país e à medida que derrete há previsão que seja devastada a infraestrutura como estradas, tubulações, sistemas de aquecimento e casas. Este evento liberará grandes concentrações aprisionadas de metano e carbono exacerbando o aquecimento global. A velocidade e consequências desses lançamentos são atualmente os maiores dilemas à ciência climática, além de riscos de difícl previsão nas possíveis tempestades no Ártico, novos parasitas e doenças decorrentes o aumento da temperatura.
Moral da Nota: a realidade do efeito estufa está sobre a mesa, cada um procura saber onde aperta seu calo. A China aceita a realidade da escassez da água doce e somente com investimentos maciços poderá ser mitigada. Setores russos visualizam que o clima quente pode dar ao país novas oportunidades econômicas incluindo aumento do comércio marítimo na rota do Mar do Norte, maior acessibilidade à plataforma do Ártico e seus recursos, além de condições mais favoráveis à agricultura. Entre nós, além da questão amazônica urge implementar consórcios de despoluição das bacias hidrográficas, recompondo biodiversidade, aí, população pesqueira, reflorestamento de nascentes e etc. O perigo está em jogar na lata do lixo o desenvolvimento agrícola adquirido, caso não cuidemos do espaço ambiental.