segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Revisão

A revisão da literatura utilizando fontes tradicionais, por exemplo, PubMed e Web of Science, levam a considerar estudos que exploraram a associação entre mudanças na solidão e função cognitiva, no entanto, os resultados são inconclusivos com poucos estudos explorando associação entre mudança na avaliação objetiva das relações sociais empobrecidas, ou seja, isolamento social, e a função cognitiva. Importa notar que pesquisas exploram associações entre mudanças conjuntas no isolamento social e na solidão com a saúde cognitiva mostrando que o isolamento social incidente, transitório ou persistente e a solidão persistente são de modo independente associados ao declínio cognitivo acelerado e risco de comprometimento cognitivo, sendo que o isolamento social de curto prazo ou persistente com diferentes estados de mudança de solidão se associam ao declínio cognitivo acelerado e a maior risco de comprometimento cognitivo entre adultos mais velhos. No entanto, devem ser investigados mecanismos pelos quais as mudanças no isolamento social e na solidão, individual e simultaneamente, podem afetar a função da memória e, apesar dos relatos sobre associação entre mudança na avaliação subjetiva das relações sociais empobrecidas e saúde cognitiva, poucos estudos exploram associação longitudinal entre a mudança na avaliação objetiva das relações sociais empobrecidas, ou, isolamento social, e a função cognitiva. Decorrente fracas correlações, o isolamento e solidão influenciam a saúde através de diferentes vias, assim, analisar aspectos objetivos e subjetivos da mudança nas relações sociais melhora compreensão de como as várias dimensões das mudanças nas relações sociais impactam a saúde cognitiva importando notar que pesquisas limitadas exploram mudanças conjuntas no isolamento social e solidão com a saúde cognitiva. Examinar mudanças simultâneas no isolamento social e solidão esclarece o papel das modificações das relações sociais na saúde cognitiva, fornece informações e diretrizes à saúde pública e prática clínica e, para preencher lacuna de conhecimento, com dados do Estudo Chinês Longitudinal de Longevidade Saudável, CLHLS, buscando investigar associações de mudanças no isolamento social e solidão, individual e simultaneamente, com o declínio cognitivo e risco de comprometimento cognitivo incidente, daí, tanto o isolamento social quanto a solidão, de curto prazo ou persistente, são prospectivamente associados ao declínio cognitivo e ao comprometimento cognitivo ao passo que o isolamento social persistente ou de curto prazo com solidão persistente concomitante se associam ao comprometimento e declínio cognitivo.

Sobreviventes de AVC negros e hispânicos com hipertensão não controlada mostram que o tele monitoramento domiciliar da pressão arterial, HBPTM, mais o gerenciamento de casos de enfermagem, NCM, resultam em maior redução da pressão arterial sistólica, visto em estudo incluindo 450 sobreviventes de AVC predominantemente negros e hispânicos de baixa renda com hipertensão não controlada e comorbidade significativa, obtendo redução da pressão arterial sistólica maior que no grupo apenas HBPTM em 12 meses. Os resultados apoiam a implementação de programa HBPTM aprimorado por NCM ao tratamento da hipertensão em sobreviventes de AVC negros e hispânicos de baixa renda com hipertensão não controlada, sendo que a eficácia do tele monitoramento domiciliar da pressão arterial, HBPTM, e gerenciamento telefônico de casos de enfermagem, NCM, entre pacientes negros e hispânicos de baixa renda com acidente vascular cerebral é desconhecida. Busca determinar se NCM mais HBPTM resulta em maior redução da pressão arterial sistólica, PAS, em 12 meses e menor taxa de recorrência de AVC em 24 meses que HBPTM sozinho entre sobreviventes de AVC negros e hispânicos e hipertensão não controlada, visto no projeto, cenário e participantes ensaio clínico randomizado, multicêntrico e baseado na prática em 8 centros de AVC e consultórios ambulatoriais na cidade de Nova York. Participantes negros e hispânicos do estudo foram inscritos entre abril de 2014 e dezembro de 2017, com uma visita final de acompanhamento em 31 de dezembro de 2019 com participantes designados aleatoriamente para receber apenas HBPTM, 12 medições domiciliares de PA/semana durante 12 meses, com resultados transmitidos ao médico ou NCM mais HBPTM, 20 chamadas de aconselhamento ao longo de 12 meses. Entre 450 participantes inscritos e randomizados, 51% eram negros; 44% mulheres, 31% tinham até 3 comorbidades, 72% tinham renda familiar de $25.000/ano, 80% completaram o estudo, daí, a taxa de AVC recorrente foi semelhante entre grupos aos 24 meses, 4,0% no grupo NCM mais MRPA vs 4,0% no grupo MRPA sozinho e, entre os sobreviventes de AVC predominantemente negros e hispânicos de baixa renda com hipertensão não controlada, a adição de NCM à HBPTM levou a maior redução da PAS que a HBPTM isoladamente. No entanto, estudos adicionais são necessários para compreender os resultados clínicos a longo prazo, a relação custo-eficácia e a generalização dos programas de telessaúde melhorados pela NCM entre sobreviventes de AVC negros e hispânicos de baixa renda com comorbidade significativa, embora redução significativa na mortalidade por AVC tenha sido alcançada na última década, pacientes negros e hispânicos apresentam piores resultados e taxas desproporcionalmente mais altas de AVC recorrente que os pacientes brancos, disparidades, que podem ser explicadas pela alta carga de fatores de risco secundários de AVC nessas populações dos quais a hipertensão é fator de risco mais importante, por exemplo, impacto da pressão arterial sistólica, PAS, elevada no risco de acidente vascular cerebral é 3 vezes maior à populações negras que em populações brancas.

Moral da Nota: pesquisadores da Escola de Computação de Kent desenvolveram com terapeutas, ferramenta IA de diálogo para melhorar a vida de pessoas com demência em estágio inicial, chamada MindTalker, integrando recursos avançados do GPT-4 e projetada para oferecer interações personalizadas, cujo objetivo é aliviar isolamento experimentado por pessoas com demência através de conversas envolventes e significativas. Publicado nos Anais da Conferência CHI sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, o artigo revela que pacientes com demência que participaram na investigação para desenvolver o MindTalker partilharam que desejavam um toque pessoal da IA, ao mesmo tempo que sublinhavam valor das interações humanas valorizando a novidade IA, mas buscando interações mais consistentes e profundas. A pesquisa de mercado molda o desenvolvimento do MindTalker, que oferece nova forma de "relacionamento social", permitindo usuários se conectarem em nível mais profundo além das interações superficiais comuns com os recursos digitais existentes, sendo que a investigação aborda considerações éticas críticas garantindo que avanços IA são aproveitados de forma responsável, focados na melhoria das conexões humanas em vez de substituí-las, com os pesquisadores acreditando que as implicações do MindTalker se estendem além dos usuários individuais transformando o cenário do tratamento da demência no mundo.