segunda-feira, 6 de maio de 2024

Pontos de serviço

Postos de gasolina espanhóis vendem criptomoedas com estimativa que pelo menos 700 postos da cadeia Cepsa atualmente estão vendendo em suas lojas de forma efetiva ou com cartões através dos cupons de Bitnovo, sendo que a executiva da Bitpanda é  "não estar ante  típica corrida altista cripto" e para efetivação das compras os clientes poderão usar tanto cartões através dos cupons de Bitnovo, acessando sua conta na página Bitnovo e seguindo processo específico. O passo dado pela cadeia Cepsa no mundo das criptomoedas reflete tendência mais ampla na Espanha, onde criptos são usados de diversos modos estimando que entre os casos de uso mais comuns incluem pagamentos e transferências em que criptomoedas são utilizadas para realizar transações internacionais em alternativa ao sistema bancário tradicional eliminando intermediários, além de investimento e especulação utilizando ativos cripto buscando benefícios através da especulação nos preços. Podem ser utilizados em compra de bens e serviços em que número crescente de comércios e serviços on-line que aceitam criptomoedas como meio de pagamento permitindo transações mais rápidas e seguras, além de remessas em que criptomoedas são usadas como ferramenta reduzindo custos e tempo de transação e na preservação de valor sendo que antes da inflação ou desvalorização da moeda local alguns usuários preferem manter o valor monetário em criptomoedas considerando que a inflação espanhola aumentou e o interesse dos investidores foca o setor tecnológico em mercado de investimento e promoção da adoção cripto e, segundo dados divulgados pelo Statista, o número de empresas criptografadas registradas para operar na Espanha em 2023 cresceu 56%.

Nesta expansão a Basf do Brasil lança token próprio, reciChain, na blockchain do Real Digital do Banco Central com foco em incentivar iniciativas renováveis, sendo que a iniciativa é na mesma plataforma que o Banco Central do Brasil escolheu aos primeiros testes do Real Digital, o Hyperledger Besu, em parceria com o Grupo Solví, sendo que o token está ligado a uma tonelada de algum tipo de resíduo sólido reciclável. O conceito é criar ponte entre a cadeia da logística reversa e empresas que podem usar matéria-prima reaproveitada na produção e, segundo o Valor, a empresa quer vender reciChain à empresas com metas de uso de reciclagem, semelhante aos tokens de crédito de carbono e com o dinheiro recebido na venda dos tokens, a Basf segue investindo em iniciativas de economia circular cujos primeiros tokens do reciChain estão ligados à construção da Unidade de Triagem de Resíduo Sólido Urbano de Caieiras em São Paulo, planta constituindo uma das 10 que fazem parte do programa estruturante do Solví. O reciChain tem  componente fungível funcionando como moeda em compra e venda de unidades cripto e foco não fungível, pois cada token terá escrito no smart contract a que tonelada de material está atrelado e sua origem, segundo o responsável pela economia circular e modelos de negócios da Basf, o conceito ao token surge da leitura de pesquisa da Abrelpe em que o Brasil gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo por ano e recicla menos de 4%. Destaca que " ao olhar a cadeia de consumo, um dos pontos que contribuem é a falta de infraestrutura no elo de triagem e, dentro da cadeia de reciclagem, a triagem é quem pega o lixo e separa o que é plástico, vidro etc" complementando que "cada vez mais se exige conteúdo reciclável em embalagens e materiais diversos cuja demanda tende a aumentar." A blockchain foi escolhida pela capacidade de viabilizar ponte entre cadeia da logística reversa e empresas que podem usar matéria-prima reaproveitada na produção apontando que "a plataforma blockchain faz conexão entre programas estruturantes, grupos, pessoas ou empresas que possuem projetos de infraestrutura, fazendo com que materiais voltem à cadeia produtiva e em conexão através de tokens digitais".

Moral da Nota: a diferença entre dinheiro normal e dinheiro de contrato inteligente é radical na funcionalidade e objetivos, sendo que dinheiro normal ou externo da Ethereum permite que usuários armazenem, gerenciem e interajam com ativos digitais na blockchain da Ethereum e que os ativos digitais podem incluir Ether, ETH, criptomoeda nativa da Ethereum e outros tokens ERC-20 para que usuários possam acessar fundos e gerenciá-los em  direção pública única e chave privada ou frase correspondente e, com esses dinheiros, pode-se realizar tarefas como enviar e receber tokens compatíveis com EVM, Máquina Virtual Ethereum, e realizar acompanhamento do histórico de transações. Dinheiro de contrato inteligente é dinheiro programável que facilita automatização e interações complexas que permite  usuários implementarem autenticação 2 fatores, 2FA, adicionando capacidade de proteção aos fundos além de firmar transações em telefone, estabelecer limites de gastos mensais, gerar chaves de sessão usadas à única sessão ou transação, jogar jogos blockchain sem aprovação constante de transações, automatizar pagamentos de faturas, recuperação descentralizada de moedas e etc. Vale dizer que o manejo da tecnologia implica em conhecimento técnico para desenvolver dinheiro de contratos inteligentes pois erros humanos podem provocar transação irreversível e direção incorreta, no entanto, moedas de contratos inteligentes têm  inconvenientes potenciais como complementação de programação, sendo que desenvolvimento e manutenção de dinheiro de contratos inteligentes é tarefa complexa que exige que desenvolvedores tenham conhecimentos técnicos.