A Hyundai Motor Co. da Coréia do Sul fornecerá caminhões movidos a hidrogênio à empresas israelenses, promovendo seus veículos comerciais sustentáveis no Oriente Médio. Os acordos com a importadora de veículos Colmobil Corp., a produtora de hidrogênio Bazan e a operadora de estação de reabastecimento de hidrogênio Sonol fornecerão caminhão Xcient Fuel Cell, em operação comercial no primeiro trimestre de 2023, sendo que Israel anunciou em 2022 pretensão de reduzir emissões de gases efeito estufa em 27% até 2030 e 85% em 2050 comparados a 2015. O Xcient Fuel Cell é caminhão elétrico a hidrogênio para serviço pesado produzido em massa e usado em operações comerciais na Alemanha, Suíça, Coreia do Sul e Nova Zelândia, podendo percorrer mais de 400 kms com uma única carga carregando sistema de célula à combustível de hidrogênio de 180kW. A Hyundai pretende produzir 500 mil veículos movidos a hidrogênio até 2030 consolidando status de liderança nos mercados globais de veículos movidos a hidrogênio.
Estudo da Information Trends avisa ativação no mundo de 1 mil postos de abastecimento de hidrogênio, com Japão, China, Coreia do Sul e Alemanha apostando no combustível, seguido por EUA, Espanha e Itália. O governo indiano aprovou US$ 2,3 bilhões para apoiar a produção, uso e exportação de hidrogênio verde, buscando tornar a Índia centro global à indústria nascente, primeiro passo, para estabelecer capacidade de produzir 5 milhões de toneladas métricas de hidrogênio verde até fins desta década. Hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água, alimentada por eletricidade gerada a partir de fontes renováveis de energia, sendo que a maior parte do hidrogênio do mundo é produzida usando combustíveis fósseis, especialmente gás natural. O ministro da Informação e Radiodifusão da Índia, informa que a iniciativa de financiamento é “tornar o hidrogênio verde acessível e reduzir o custo nos próximos 5 anos auxiliando o país dininuir suas emissões e tornar-se grande exportador”. Outros objetivos são criar meio milhão de novos empregos, atrair investimentos privados ao setor, reduzir importações de combustíveis fósseis e emissões de gases estufa em 50 milhões de toneladas métricas. O hidrogênio verde representa fração global da utilização do hidrogênio, em 70 milhões de toneladas/ano, sendo que a maior parte produzida comercialmente é o hidrogênio cinza com combustíveis fósseis e o hidrogênio azul feito com combustíveis fósseis, mas usando sistemas de captura de carbono para reduzir emissões enquanto o hidrogênio verde resulta na emissão de pouco ou nenhum gás efeito estufa. Analistas de energia esperam que os custos de fabricação do hidrogênio verde caiam nos próximos anos estimando que o mercado de hidrogênio verde crescerá 20 vezes para US$ 80 bilhões até o ano de 2030.
Moral da Nota: a israelense ZeroAvia completou voo de 10 minutos em aeronave movida a hidrogênio, sinal de transporte aéreo de passageiros mais sustentável. O avião foi equipado com motor híbrido que, além de hidrogênio, contou com motor tradicional para oferecer potência na decolagem e por motivos de segurança, sendo que o objetivo é escalar a tecnologia de forma que seja implementada em aviões com até 90 lugares. Já, o drone H2D55, fabricado pela empresa israelense HevenDrones movido a hidrogênio, de acordo com a empresa, é 5 vezes mais eficiente em termos de energia que os drones tradicionais movidos a bateria de lítio voando por 100 minutos com carga útil de 7kgs ou 15 libras. Apresentado na IDEX, Exposição e Conferência Internacional de Defesa, de Abu Dhabi, pode ser usado em ampla gama de aplicações de defesa e comerciais, de respostas de emergência a missões de última milha e coleta de informações. O fundador e CEO da HevenDrones, disse que a empresa fundada há 3 anos e meio, com base no conceito de ver os drones não apenas como câmeras voadoras, mas como robôs voadores, considerando que a maioria atua como câmeras voadoras, identificando problemas, reunindo informações ou detectando incêndios. Com drones já desempenhando funções como o projeto de entrega da Amazon, a empresa identificou gargalo importante ou o tempo de voo limitado, surgindo 2 questões, o alcance, limitado a 10 kms ou mais curto e, a segunda, a necessidade de fazer com que vários drones funcionem como um enxame criando valor”, daí, o desenvolvimento do hidrogênio como melhor fonte de energia para células de combustível UAV.